A arte como caráter educativo na república de Platão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Machado, Andréa Cláudia Sobral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=16892
Resumo: Esta dissertação trata especificamente da arte como caráter educativo n'A República de Platão. Seu principal objetivo é mostrar a utilidade da arte para a educação nos moldes platônicos. A princípio, é feito um breve comentário sobre a arte; posteriormente, uma análise do desenvolvimento da arte na Grécia antiga, incluindo o contexto religioso até o período helenístico. Essa retrospectiva torna-se imprescindível para a compreensão dos fundamentos do pensamento grego e das influências mediadoras de sua transformação. Seguindo esse fio condutor, temos a arte em Homero e Hesíodo, importantes educadores que marcaram sua época com os mitos, considerados cânones educacionais por muito tempo. Como problematização, abordou-se a crítica de Platão a Homero e Hesíodo, cujos valores educacionais eram diferenciados das pretensões platônicas que fundavam a educação na Justiça e na Verdade. Após essa crítica, é colocado em discussão o pensamento do autor sobre a arte caráter de Verdade, momento em que é feita um exposição das razões que levam à necessidade de uma reformulação do pensamento grego, que embasa a educação nos mitos dos poetas. Em Platão, a questão educacional é abordada de uma outra forma. Para ele é preciso buscar no mundo das essências a Idéia de Verdade que se funda no Bem. O que temos aqui são apenas cópias. A arte, então, desenvolvida de um modo autônomo não fará nada mais que cópias de cópias do mundo Ideal, falseando ainda mais a realidade. Temos aí a necessidade preeminente da utilização da arte como caráter de Verdade, ou seja, a busca da Justiça e do bem através de suas diversas categorias, com uma finalidade específica: servir à filosofia, única capaz de atingir o mundo das Idéias e repeti-lo. A arte, pois, enquanto subserviente à filosofia, funciona perfeitamente para a o auxílio educacional necessário, cujo objetivo é manter a harmonia e o equilíbrio do cidadão na Cidade Ideal.