Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Lemos, Cecilia Guimaraes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=118425
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Resumo: |
Consideradas o mal do século, as neuropatologias têm recebido cada vez mais atenção necessária. O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é uma enfermidade que está presente em conjunto com outras doenças, como a epilepsia, cujo principal sintoma é a convulsão. Ambos distúrbios são comumente tratados com benzodiazepínicos, porém, esta classe de medicamentos conta com uma série de efeitos adversos inclusive a deterioração da memória e crises de abstinência. Visando explorar uma alternativa para expandir a gama de fármacos no tratamento para neuropatologias, este estudo avalia o efeito ansiolítico e anticonvulsivante do flavonoide robinina, com ênfase na prevenção de déficits de memória frente a estímulos adversos, identificando também a via de neuroreceptores pela qual age a substância. Robinina, nas doses de 4, 20, 40 mg/kg, foi considerado não tóxico em até 96 horas de monitoramento. Em experimentos comportamentais utilizando o zebrafish, a Robinina (4, 40 mg/kg) não comprometeu severamente as funções motoras, mas diminuiu a atividade natatória do animal e também reduziu a ansiedade, evidenciada pela maior permanência na zona clara do aquário. A menor dose efetiva (4 mg/kg) foi bloqueada pelo flumazenil, indicando uma possível interação com os receptores GABAA, comportamento semelhante ao diazepam, porém sem causar sedação no animal. A robinina (40 mg/kg) também foi capaz de reverter crises convulsivas, aumentando a latência de entrada nos estágios da convulsão, essa dosagem também foi bloqueada pelo flumazenil. Em adição, a robinina (40 mg/kg) preveniu a deterioração da memória do zebrafish em experimento de esquiva inibitória. Em testes in silico, a robinina apresentou absorção intestinal gradativa e baixa distribuição no sistema nervoso central, explicando, desse modo, seu efeito moderado sem causar sedação. No docking molecular o ligante apresentou afinidade pelos receptores CAII e GABAA, comprovando o comportamento semelhante ao diazepam. Os estudos realizados reiteram que o efeito terapêutico da robinina possa ser utilizado no tratamento de ansiedade e crises convulsivas, preservando a memória do zebrafish. Seu potencial protetivo é um diferencial para um possível uso na indústria farmacêutica. |