PROTÓTIPO DE APLICATIVO MÓVEL PARA A GESTÃO DO CUIDADO DOMICILIAR DA FEBRE EM CRIANÇAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: TAVARES, KARISIA CALDAS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=85609
Resumo: Problema de Saúde Autolimitado é definido como enfermidade aguda de baixa gravidade, de breve período de latência, que desencadeia uma reação orgânica, a qual tende a cursar sem danos para o paciente. Dentre eles existe a febre de infecção viral autolimitada, que é um dos problemas mais observados entre as crianças. A literatura aponta que 20 a 30% das consultas pediátricas têm a febre como queixa única preponderante, a maioria causada pela confusão dos pais quanto ao significado da febre e à ansiedade resultante dos possíveis efeitos nocivos da febre. Nesse contexto, objetivou-se com esse trabalho elaborar o protótipo de uma ferramenta móvel em plataforma Android®, com material informativo para pais e responsáveis para o autocuidado de problemas de saúde autolimitados em crianças, com foco na febre. Trata-se de Estudo metodológico de construção em prototipagem de aplicativo móvel. A pesquisa foi percorrida em duas etapas: revisão de literatura e construção do aplicativo móvel. Realizou-se a revisão sistemática da literatura em 2018 e 2019, sendo norteada pela pergunta: “Quais as evidências científicas nacionais e internacionais sobre o tratamento da febre no contexto de problemas de saúde autolimitados em Crianças, para uma gestão racional do cuidado em domicílio?” A busca ocorreu a partir da BVS e no portal PUBMED nas bases de dados: MEDLINE, LILACSe BDENF. Também foram consultadas as bases de dados Scopus via CAPES. Os critérios de inclusão foram: ser texto completos disponíveis, pesquisas de maior evidência científica, como ensaios clínicos randomizados, estudo de caso e revisões sistemáticas. Trabalhos que não apresentam resumos nas bases de dados e os que não mencionaram a febre em crianças foram excluídos. Todos os artigos selecionados foram totalmente revisados para avaliar sua conexão com o assunto. Foram selecionados 16 estudos e realizada a análise do método e do grau de evidência. Há divergências sobre os valores dos parâmetros para a definição da febre em crianças, sendo mais comum a medida de 37,5ºC axilar. Os pais precisam ser bem orientados sobre os objetivos principais em caso de febre. O primeiro objetivo exige o reconhecimento de sinais de alerta de gravidade: idade inferior a três meses, principalmente recém-nascido; febre de mais de 39,4°C (especialmente se acompanhada de calafrios); mau estado geral, com letargia e/ou irritabilidade excessiva, ausência de sorriso; pele muito pálida ou manchada; choro inconsolável; respiração gemente, entrecortada ou ofegante; duração da febre maior<br/>que 72 horas. Nessas circunstâncias, a criança deve ser levada imediatamente para avaliação médica. Já no caso em que a febre é uma manifestação única ou preponderante e uma doença bacteriana grave foi excluída, os pais devem tranquilizar-se. As principais recomendações encontradas são: garantir a hidratação, não despir ou agasalhar demais, manter o ambiente bem ventilado, observar manchas na pele, banho com água morna ajuda a diminuir o desconforto e o uso de antipiréticos é indicado desde que racionalmente. O protótipo de aplicativo foi desenvolvido para plataforma Android com base nessas informações de forma interativa, acessível e de linguagem clara. É importante que os responsáveis utilizem esse material para reconhecer sinais de alerta e procurar atendimento médico como também tranquilizar-se frente a problemas de saúde sem gravidade. Assim, será possível intervir de forma positiva e educativa no campo de saber desses indivíduos, para que consigam administrar de forma segura os cuidados com uma criança em casa.<br/>Palavras-chave: Febre. Crianças. Autocuidado. Antipiréticos.