Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Sombra, Márcia Andréa da Silva Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=37508
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Resumo: |
<span style="font-style: normal;">A lectina extraída da semente de </span><em>Dioclea violacea</em> Martius ex Bentham, uma leguminosa da subtribo Diocleinae , é manose/glicose específica, possui atividade antiinflamatória e tem capacidade de se ligar a glicoproteínas da superfície da mucosa oral. Nesse trabalho investigou-se o efeito gastroprotetor da DvL nos modelos de lesão gástrica aguda induzida experimentalmente, na produção de muco e no trânsito intestinal. Após jejum de 16 a 36 horas, camundongos de ambos os sexos, pesando entre 25 a 30g, foram pré-tratados com DvL por via oral (60 min) ou por via endovenosa (30min). Após esse tempo, foram induzidas lesões gástricas por etanol a 75% (0,1 mL10g. v.o) ou indometacina (30 mgKg, s.c). No modelo de úlcera por estresse, foram utlizados ratos Wistar, pesando entre 200 e 300g. Após o período de pré-tratamento com DvL, os animais foram submetidos a estresse de retenção e frio por 3h em câmara fria (4º C). Ao final de cada modelo experimental, os animais foram sacrificados, os estômagos removidos e suas imagens digitalizadas para avaliação do percentual de área lesionada, utilizando o programa Scion image. Para a determinação do muco, utilizaram-se camundongos (n= 8), submetidos a um jejum de 16 h. Esses animais foram tratados com DvL nas doses de 30 ou 100 Mg/Kg , (v.o) por 60 min. Logo em seguida receberam etanol a 75% (0,1 mL/10g, v.o). Transcorrido 60 min determinou-se à concentração de muco da mucosa gástrica pelo método de Corne modificado, 1974. O trânsito intestinal foi avaliado em camundongos (n=8), previamente submetidos a jejum de 16h. Depois foram tratados com DvL 30 ou 100 mg/Kg, v.o. por 30min, após esse período, os animais receberam (v.o) carvão ativado a 10% (0,4 mL/animal) em 5% de goma arábica. O trânsito intestinal foi calculado pela medida da distância percorrida pelo carvão na junção ileocecal. A DvL nas doses 30 e 100mg/Kg, (v.o.) não apresentou efeito gástropotetor no modelo de lesão gástica induzida por estresse de retenção e frio. Essa proteína quando administrada por via endovenosa na dose (10 mg/Kg), não apresentou efeito gastroprotetor em nenhum modelo experimental testado. Entretanto por via oral, foi capaz de diminuir significativamente (p<0,05) o percentual da área de lesão gástrica induzida por etanol de 11,70 <span style="font-family: Calibri; font-size: 10pt;">±</span><span style="font-size: 10pt;"> 1,05% (n=8) para 4,54 </span><span style="font-family: Calibri; font-size: 10pt;">±</span><span style="font-size: 10pt;"> 1,33 (n=8) e para 1,05 </span><span style="font-family: Calibri; font-size: 10pt;">± </span><span style="font-size: 10pt;">0,48% (n=8) </span><span style="font-size: 10pt;">respectivamente nas doses 30 e 100 mg/Kg, comparado ao controle. No modelo de úlcera induzida por indometacina, DvL na dose de 30 mg/Kg, (v.o.), reduziu significativamente (p<0,05) o percentual da área de lesão de 0,61 </span><span style="font-family: Calibri; font-size: 10pt;">±</span><span style="font-size: 10pt;"> 0,12% para 0,24 </span><span style="font-family: Calibri; font-size: 10pt;">±</span><span style="font-size: 10pt;"> 0,10% comparado ao controle. Observou-se também que a DvL na dose 100 mg/Kg, (v.o.) foi capaz de reduzir o trânsito intestinal mas não interferiu na secreção de muco gástrico. Os resultados indicam que a DvL possui efeito gastroprotetor local provavelmente envolvendo o sítio de ligação a carboidratos, visto o tratamento com manose 1 M reverteu os efeitos ao valores semelhante do controle. Esse efeito possivelmente se deve a ligação direta da lectina com a mucosa gástrica e/ou muco, intensificando assim os mecanismos de defesa gástricos.</span> |