Filosofia política em Hegel: a conciliação de razão e realidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Lima, Francisco Gudiene Gomes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=33307
Resumo: <span style="font-style: normal;">Este trabalho consiste na apresentação dos principais tópicos da filosofia política hegeliana, para demonstrar que o seu método especulativo, ao apreender o </span><em>dasein</em> político, enseja a conciliação da razão e da realidade no domínio da política. Com efeito, os capítulos deste estudo analisam os aspectos lógicos, metodológicos e propriamente políticos desta especificidade da filosofia política hegeliana. Neste sentido a filosofia política hegeliana não é apresentada como o produto de uma racionalidade posicionada exteriormente à realidade política mas, sim, do auto reconhecimento da razão na obra que ela realizou por si e para si mesma. Na filosofia política de Hegel, racionalidade e realidade existem, a um só tempo, no pensar da política real, pois o vir-a-ser da razão imanente à efetividade política é intangível à filosofia. Hegel não pretendia que sua filosofia política fosse um constructo teórico para exemplificar em que o mundo deveria se tornar para ser perfeito; ao invés, era o reconhecimento de si da razão no seu mundo porque era consciente deste sua experiência e porque é o próprio mundo humano histórico o lugar da sua experiência. Desta forma, Hegel pretendia que sua filosofia política correspondesse à história do mundo e ao desenvolvimento do espírito de sua época, ou seja, a tradução processual da liberdade subjetiva na objetividade do Direito. A liberdade é, assim, o reino da vontade livre que se torna existência. A filosofia política de Hegel se apresenta desta forma na "Filosofia do Direito". No último momento desta - a Eticidade - a vontade livre completa sua autodeterminação e a liberdade encontra seu conceito enquanto realiza uma conciliação entre razão e realidade: a razão como agente do processo de instauração do político adquire consciência desta sua objetivação a partir do reconhecimento de si desta própria objetivação. Para Hegel, é a idéia de Estado correspondente a historia de seu tempo que representa esta conciliação. Porém, como Hegel não pensava que o Espírito estancou sua marcha em sua época, ma que ele concretizou-se naquilo que está por morrer e que anuncia, no presente, o que está por nascer, então, uma nova figura da atualização contínua de razão e realidade deveria aparecer.