Percepcoes de Profissionais da Atencao Basica a Saude sobre a Notificacao da Violencia contra Crianc

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Oliveira, Elayne Mendes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=73716
Resumo: A notificação da violência em crianças e adolescentes é desempenhada pelo profissional da <br/>Estratégia de Saúde da Família, um papel importante ao identificar uma situação de violência. O <br/>profissional deve realizar a notificação para construir formas de promoção e de prevenção, além de <br/>possibilitar a garantia do atendimento às vitimas de maus-tratos. Logo esse estudo possuiu como <br/>objetivo analisar as percepções dos profissionais de saúde da atenção básica sobre a notificação <br/>compulsória da violência contra crianças e adolescentes. Trata-se de uma pesquisa descritiva e <br/>exploratória, com abordagem qualitativa, realizado em um Centro de Saúde da Família do município <br/>de Fortaleza-CE, com profissionais de nível superior da equipe ESF. Foi realizada uma entrevista <br/>sobre a notificação da violência e posteriormente, os dados foram analisados pelo método de análise <br/>de conteúdo. Todos os preceitos éticos foram respeitados. Dentre as características <br/>sociodemográficas predominaram sexo feminino, idade &gt;36 anos, estado civil casado, religião <br/>católica, salário mínimo &gt;10 salários mínimos e todos eles, possuíam curso de especialização. Em <br/>relação ao entendimento dos profissionais, evidenciamos que os mesmos desconhecem a ficha de <br/>notificação, tem medo de notificar e sentem insegurança ao se envolver nos casos de maus tratos. <br/>“Primeira coisa é a dificuldade de encontrar a ficha. A maioria dos postos, pelo menos dois que eu já <br/>trabalhei, eu nunca vi essa ficha não”. “Eu acho que é medo do profissional, eu tiro por mim, eu tenho <br/>medo da violência se voltar contra a gente, porque você tem medo. Eu já preenchi, mas sem dizer <br/>que estava preenchendo, eu tenho medo de notificar. [...] agente sempre acha que não vai dar em <br/>nada. Aqui já aconteceu de uma equipe identificar uma violência, foi atrás, mas não deu em nada. <br/>Parece que o conselho tutelar não está muito atuante [...]. E também tem a questão do tempo. Eu <br/>aqui tenho que resolver um milhão de coisas [...]”. Espera-se que os gestores planejem a capacitação <br/>desses profissionais para que possam conhecer as políticas públicas de saúde adotadas no país e <br/>municípios, os aspectos legais como a obrigatoriedade da notificação bem como fatores de risco e <br/>consequências do problema para reduzi-lo significativamente. &nbsp;<br/><br/>Palavras-chaves: violência, crianças, adolescentes, notificação, atenção primaria à saúde. <br/>