Resumo: |
A sepse apresenta alta mortalidade decorrente de alterações sistêmicas, disfunção orgânica, desregulação da resposta imune e da coagulação. Compreender estes mecanismos é crucial para o diagnóstico prévio, desenvolvimento de terapias direcionadas e melhora do prognóstico. Nesse contexto, o trans-anetol, uma molécula conhecida por seus efeitos anti-inflamatórios, imunomoduladores e antimicrobianos, surge como um potencial candidato no tratamento do quadro séptico. Assim, esta pesquisa visa avaliar a modulação do trans-anetol na prevenção das respostas inflamatórias sistêmicas em ratos sépticos induzidos por modelo de ligadura e perfuração cecal (CLP). Para isso, 36 ratos machos wistar (CEUA/UECE: 31032.004838/2024-12) foram randomizados cegamente em 4 grupos (n=4-8): controles da cirurgia (SHAM), controle tratados (SHAM ANETOL), sépticos (CLP) e sépticos tratados (CLP ANETOL). Trans-anetol (1 mg/kg) foi administrado por via oral por gavagem1 hora antes da cirurgia. Após 12 horas, os animais foram eutanasiados e coletado fluido peritoneal e sangue para análise de migração leucocitária, estresse oxidativo, parâmetros hematológicos, bioquímicos para lesão de órgãos e de coagulação. O tratamento com trans-anetol reduziu no fluido peritoneal, foco inflamatório primário: leucócitos totais em 47%; níveis de MPO em 57%; nitrito/nitrato em 29% e malondíaldeido em 52%. Na avaliação da inflamação sistêmica, trans-anetol reduziu no sangue: granulócitos (%) em 38%; creatinina em 18%; uréia em 25%; ácido úrico em 53%; CK-MB em 49%; LDH em 51%; lactato em 56%; AST em 34%; ALT em 29%; TP em 81%; TPPa em 92%. A administração do trans-anetol aumentou no sangue: linfócitos totais em 45%; plaquetas totais em 51% e plaquetas (%) em 48%. O trans-anetol atenua a migração leucocitária e estresse oxidativo no foco de infecção primário, melhorando sinais da coagulopatia, lesão de órgãos e mortalidade de animais sépticos. Palavras-chave: anetol; sepse inicial; CID; disfunção de órgãos. |
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