Comportamentos Alimentares Desordenados na População Adulta com DM1: Estudo de Prevalência

• Ano de defesa: 2025
• Autor(a) principal: Marques, Samara Jesus Sena
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso embargado
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=117238

Pessoas com DM1 possuem uma maior prevalência de Comportamentos Alimentares Desordenados. A manifestação desses comportamentos é caracterizada pela omissão das doses de insulina, uso de laxantes e restrição alimentar para a perda do peso corporal, podendo ser identificados de forma precoce. O presente estudo visa estimar a prevalência dos comportamentos alimentares desordenados na população adulta com DM1, na cidade de Fortaleza. Trata-se de um estudo transversal com 73 pessoas com DM1 de 18 a 59 anos. Foram utilizados formulários de caráter sociodemográfico e clínico e questionários DEPS-R e IPAQ (versão curta) para a coleta de dados. Para as análises estatísticas foi utilizado o SPSS versão 30.0, sendo aplicados os testes de Shapiro Wilk, para a testar a normalidade dos dados, correlação de Pearson para medir tendências das variáveis com os escores positivos do DEPS-R e a análise de regressão linear múltipla para a correlações das variáveis. O pressuposto de homogeneidade de variância foi avaliado por meio do teste de Levene. Foram realizados procedimentos de bootstrapping (1000 reamostragens; 95% IC BCa) para se obter uma maior confiabilidade dos resultados, corrigir desvios de normalidade da distribuição da amostra e diferenças entre os tamanhos dos grupos e, , para apresentar um intervalo de confiança de 95% para as diferenças entre as médias. A prevalência dos CAD está concentrada no público masculino com idade média de vinte e seis anos. Os escores do DEPS-R acima de 20 pontos, são impactados de maneira positiva pelos valores elevados do IMC (r = 0,392; p<0,001), HbA1c ( r = 0,289; p <0,001) e Atividade Física ( r = 0,259; p < 0,005) . A identificação da prevalência dos CAD, permitiu reconhecer que variáveis clínicas, como valores elevados da hemoglobina glicada e do IMC, corroboram para o surgimento dos CAD. O presente estudo possui limitações devido ao número da amostra. Os resultados deste estudo, permitiu que os profissionais de saúde considerem pontuais variáveis clínicas no cuidado à pessoa com DM1, e que possam compreender a repercussão destas no manejo clínico, auxiliando na criação de estratégias em saúde para o controle glicêmico, e de orientações que possam beneficiar o cuidado clínico às pessoas com DM1.