JUVENTUDE(S) E SEGURANÇA PÚBLICA: ABORDAGENS POLICIAIS AOS JOVENS MORADORES DE TERRITÓRIOS ESTIGMATIZADOS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SANTIAGO, ÉRICA MARIA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82832
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Esta dissertação versa sobre as abordagens policiais do Programa Ronda do Quarteirão (RQ) aos jovens residentes em territórios estigmatizados, especialmente aqueles moradores do Grande Bom Jardim (GBJ), área composta por bairros considerados pela mídia e instituições de segurança pública do Estado do Ceará como violentos e perigosos da Cidade de Fortaleza. Ela busca investigar os olhares destes jovens sobre as abordagens policiais do RQ, suas experiências com a violência e a polícia; e o que essa abordagem policial, com base em critérios de suspeição, comunica sobre a cultura policial. Foram utilizadas técnicas de observação direta e entrevista semiestruturada para se chegar às respostas das perguntas empreendidas na construção do objeto. O estudo em tela mostra que violência policial e racialização são fenômenos sociais correlacionados. A racialização das relações sociais no Brasil se expressa de maneira contundente no campo da segurança pública, já que é constatado a existência de uma filtragem racial nas famosas “batidas policiais”. Raça/cor, local de moradia, faixa etária e ociosidade funcionam como elementos de deterioração da identidade do abordado. A maioria dos jovens entrevistados aqui expressa as piores avaliações sobre a polícia. Isso demonstra a existência de uma relação conflituosa entre a força policial e a juventude citada. O extermínio, as práticas policiais violentas contra os jovens pobres e negros, e o encarceramento em massa desse público, constituem-se as principais configurações do controle social na atual conjuntura, que se convencionou chamar de Estado punitivo.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Juventude(s). Territórios estigmatizados. Violência. Estado Penal. Abordagens e suspeição policiais. Cultura policial.</span></font></div>