Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
ALENCAR, JULIANA SARAIVA DE |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=85283
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Resumo: |
O cuidado ao adolescente deriva de muitas lutas sociais, que resultam no reconhecimento deste como um sujeito de direitos. Para efetivá-lo de forma satisfatória é essencial que os profissionais atuem na perspectiva da integralidade do ser e no reconhecimento dos fatores determinantes e condicionantes de saúde, que podem favorecer o adoecimento. Esse estudo tem como objetivo verificar a existência de vulnerabilidade programática na execução das atividades do Programa de Saúde na Escola. Pesquisa de caráter analítico, com abordagem qualitativa, desenvolvida na cidade de Iguatu-Ce. Os participantes foram profissionais de saúde, da Saúde da Família que apresentou o maior número de adolescentes atendidos pelo Programa Saúde na Escola no município. Participaram desse estudo seis profissionais: um enfermeiro e cinco agentes comunitárias de saúde. A coleta de dados aconteceu com o uso da técnica do grupo focal. O processamento dos dados deu-se pelo software IRAMUTEQ, com aplicação dos métodos: classificação hierárquica descendente, análise fatorial de correspondência, análise de similitude e nuvem de palavras. Após a transcrição e leitura do material arquivado, foi construído o modelo analítico composto por duas categorias. O estudo foi apreciado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa competente sob número 2.482.356. Foi possível evidenciar que há uma inconstância nas ações que repercute de uma falta de planejamento e sobrecarga de trabalho; os profissionais apresentam sentimentos negativos quando se referem ao programa, registram falta de preparo e capacitação para atuar frente a política, e por fim destacam que as ações desenvolvidas em cumprimento ao programa são realizadas, porém não há continuidade frente as necessidades identificadas nos escolares. É importante considerar que as ações do PSE são desenvolvidas anualmente, e quando solicitadas pela secretaria de saúde do município de forma não programada provocam alterações nos planejamentos dos profissionais e ações da saúde da família e escola. Os participantes enfatizam que um dos maiores problemas na atuação ao programa é a falta de conhecimento sobre a política, suas diretrizes, ações preconizadas, objetivos e metas a serem alcançados, o que resulta no comprometimento do avançar do programa e na persistência para que este seja visto como uma política sem êxito. Nesse sentido, foi possível identificar marcadores de vulnerabilidade programática diante do programa saúde na escola, tais como: falta de capacitação dos profissionais e de continuidade<br/>das ações, que atuam favorecendo para que a política permaneça desacreditada por quem a executa no âmbito escolar, e principalmente pelos que necessitam de intervenções em decorrência da existência de alterações encontradas a partir das atividades realizadas no programa. O programa foi lançado em 2005 e efetivado em 2007 e ainda é desenvolvido no município estudado de maneira não sistematizada, o que compromete totalmente na sua eficácia. Dessa forma, é primordial a participação e monitoramento dos gestores frente aos elementos que limitam o desenvolvimento desta política conforme o preconizado, bem como a existência da articulação entre os serviços de saúde e a educação.<br/>Palavras-chave: Adolescente. Assistência. Programa de saúde na escola. |