Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Viana, Virginia Márcia Assunção |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=86740
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Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A Pedagogia da Ocupação na Comuna 17 de Abril em Fortaleza propõe analisar o processo da mobilização popular à organização política no movimento de quatrocentas famílias na luta por terra e moradia. Essa ocupação com organização campo-cidade foi pioneira em Fortaleza no Sítio São Jorge, bairro José Walter, de 2010 a 2014. A articulação entre Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra MST, Movimento dos Conselhos Populares MCP e Unidade Classista, construiu a ocupação na gleba ou latifúndio urbano, conhecidas terras dos Montenegros, da Construtora e Imobiliária Montenegro que revolucionou os anos 2000 em Fortaleza. A denominação Comuna 17 de Abril resgata o Massacre de Eldorado dos Carajás no Estado do Pará em 17 de Abril de 1996, conquistado como Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. E, Comuna em alusão às lutas na França com a rebeldia e resistência do socialismo da Comuna de Paris, de março a maio de 1871. Nessa pesquisa social, participante, qualitativa, fundada no materialismo histórico-dialético e método dialético, articulei militantes do MST, MCP, Unidade Classista e participantes das famílias da Ocupação, com quem desenvolvi nove entrevistas individuais em profundidade e uma entrevista coletiva. As discussões revelaram que a articulação do movimento campo-cidade foi estratégica no processo das lutas e resistências que se materializaram na conquista do Residencial Cidade Jardim Fortaleza. A construção do residencial no mesmo local da ocupação, área alvo de especulação imobiliária, exigiu mobilização e formação social para enfrentar uma engrenagem perversa dos capitalistas financeiros, no comando do poder público e das facções criminosas. A Ocupação Comuna 17 de Abril confirma a centralidade da formação humana, da dimensão educativa dos movimentos populares que move a Pedagogia da Ocupação e dá sentido às lutas e às/aos sujeitos coletivos. Ocupação conflituosa, fruto da desobediência civil planejada, arquitetada para o sonho das agrovilas familiares urbanas se tornou moradia possível. Espaço de luta pelos saberes da vida para mais vida, mais resistência e construção de outras formas de organização popular. Comuna 17 de Abril de gente que desafia o medo e rememora a vida, ergue a cabeça e segue na luta, enfrenta preconceitos e a segregação sócioespacial contemporânea numa cidade mercadoria chamada Fortaleza.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-Chave: Movimentos Campo-Cidade. Ocupação Comuna 17 de Abril. Pedagogia da Ocupação</span></font></div> |