GÍRIA COMUM NO DICIONÁRIO ESCOLAR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ARAÚJO, NAYANE CARNEIRO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=94775
Resumo: Este trabalho traz como tema a gíria comum no dicionário escolar. A gíria é uma linguagem expressiva, efêmera e tipicamente oral a qual, em sua instância &#8213;comum&#8214;, é designada por seu caráter informal, utilizada pela maioria dos falantes em situações menos monitoradas de comunicação. Estas gírias, são sinalizadas nos dicionários como marca de uso &#8213;Gír.&#8214;, inseridas na microestrutura dos verbetes das obras. O problema deste fenômeno linguístico nos dicionários é a forma como ele é abordado no texto lexicográfico, problemática esta que se confirmou nesta pesquisa. Desta maneira, nosso trabalho objetivou investigar como a gíria é abordada no dicionário escolar do tipo 3, AULETE (2011), voltado para alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Para tanto, utilizamos o dicionário escolar, destacado acima, como fonte de pesquisa para extrair o nosso corpus de análise, o qual foi composto pelo guia de uso e pelos verbetes marcados com a gíria na letra &#8213;A&#8214; da obra em estudo. Desta forma, realizamos uma análise microestrutural dos verbetes, verificando a relação das informações lexicográficas com a acepção gíria marcada de forma a discutir como essas gírias eram definidas, exemplificadas, sinonimizadas, por exemplo. Sobre nosso aporte teórico, no campo da Lexicografia, fundamentamos nossa discussão, principalmente, nos autores Fajardo (1997), Dapena (2002), Welker (2004), Pontes (2009), Krieger (2011), Rangel (2011), Brasil (2012), Abdelkrim (2015), Hutirová (2015). No campo da Sociolinguística, a partir do que se menciona na sociolinguística Laboviana, nos fundamentamos, principalmente, em Bagno (2007), Gorski (2010) e Coelho et al (2015) para discorrer sobre os conceitos de variação e variedade linguística. Para discutir a complexidade do fenômeno da gíria, utilizamos, basicamente, os conceitos teóricos de Preti (1984, 2000a;2000b;2000c) e Patriota (2009). A partir dos dados encontrados em nossas análises, constatamos dois resultados primordiais: o primeiro, de que o conceito gíria comum, assim como, seu caráter informal e a orientação para seu uso não são esclarecidos pelo dicionarista no guia de uso da obra em questão. O segundo resultado foi o fato de esta linguagem ser tratada de forma estigmatizada no dicionário em análise devido à carência e à insuficiência de clareza das informações lexicográficas microestruturais nos verbetes que apresentam a marcação deste fenômeno.<br/>Palavras-chave: Gíria. Dicionário. Verbete. Marca de uso.<br/>ABSTRACT