As mulheres do século XIX pelas narrativas de Maria Firmina dos Reis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sousa, Larissa Da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=101169
Resumo: Esta pesquisa reflete a trajetória intelectual de Maria Firmina dos Reis e o reflexo desta na construção das personagens femininas da escritora maranhense. Surge tomada pelo objetivo de analisar as representações das mulheres no Brasil dos Oitocentos feitas dentro das narrativas Úrsula (1859), Gupeva (1861) e A Escrava (1887), discute a relação entre a construção das personagens e a sociedade brasileira do século XIX, volta observação às relações entre as características das personagens femininas das narrativas e as representações sociais sobre as mulheres do referido período. Para o desenvolvimento do estudo foi adotada uma metodologia baseada, num primeiro momento, em pesquisa bibliográfica de caráter teórico-conceitual, onde discute-se desde questões relativas à educação da mulher no Brasil colonial, até o resgate de textos escritos por mulheres no século XIX feito pelo projeto coordenado pela professora Zahidé Muzart, explora aspectos da literatura afro-brasileira a partir das discussões e trabalhos dos pesquisadores Florentina da Silva Souza e Eduardo de Assis Duarte, e destaca Maria Firmina dos Reis a “matriarca” da literatura afro-brasileira, ao apontar características de tal vertente literária na obra da Maranhense. Em tempo, a realização da pesquisa volta-se para o estudo dos textos de Maria Firmina, afim de atentar às personagens e representações dos perfis femininos descritos na obra. Com isso, observa-se que a escritora, apesar de trilhar uma trajetória que intui progredir por caminhos distintos aos que eram comuns de serem traçados por escritores de sua época, em alguns momentos, se assemelha aos discursos destes em suas caracterizações femininas, e sua de tal movimento para suscitar discussões e questionamentos nos leitores e apreciadores de sua obra.