Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Melo, Joabe Gomes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=67807
|
Resumo: |
<span style="font-style: normal;">Pesquisas têm demonstrado que os vegetais superiores constituem uma importante fonte de compostos bioativos, chegando a contribuir com cerca de 60% dos agentes anticancerígenos usados atualmente. Assim, estratégias que orientem na busca por substâncias ativas, frente à grande diversidade vegetal são imprescindíveis. O presente trabalho pode ser dividido em dois momentos: 1- Revisão das plantas utilizadas para o tratamento de tumores por populações do Brasil com os respectivos estudos farmacológicos e fitoquímicos (Artigo 1 e 2); 2- Comparação da citotoxicidade de abordagens de seleção de plantas a partir da flora da caatinga, sendo ainda investigada a atividade antioxidante e teor de taninos para 14 plantas do semi-árido brasileiro (Artigo 3, 4 e 5). As informações para o estudo das plantas utilizadas contra tumores no Brasil foram obtidas de artigos publicados entre 1980 e 2008. Para confrontar a abordagem aleatória, etnobotânica e da ecologia química, os resultados da citotoxicidade foram comparados entre as plantas selecionadas por cada abordagem. Para isso procedemos a preparação de extratos hexânicos e metanólicos que foram avaliados </span><em>in vitro</em> frente as linhagens HEp-2 (câncer de laringe) e NCI-H292 (câncer de pulmão) pelo método do MTT (3-[4,5-dimetiltiazol-2-il]-2,5- difeniltetrazólio) a 50µg/mL. Também realizamos a atividade citotóxica e o perfil fitoquímico das frações de Mentzelia aspera L. A atividade antioxidante foi avaliada pelo método DPPH (2,2-difenil-2-picrilhidrazila), e o teor de taninos foi determinado pelo método de difusão radial. Um total 84 plantas medicinais foram mencionadas para o tratamento do câncer no Brasil, sendo que apenas 35,71% dessas possuem ao menos um estudo farmacológico<em> in vitro </em>ou <em>in vivo</em> relacionado ao câncer. No geral, não houve diferenças significativas entre as abordagens (P>0,05). Todavia, as plantas que foram citadas pela população local para o tratamento direto do câncer apresentaram uma discreta vantagem. Destacaram-se com os melhores resultados de citotoxicidade (% de inibição a uma dose de 50 µg/mL) Annona muricata L. (75,06 ± 0,74 in NCI-H292) e Lantana camara L. (74,92 ± 0,19 in NCI-H292. Plantas com melhor atividade antioxidante e com maiores teores de taninos foram: Poincianella pyramidalis (Tul.) (IC50 de 42,95±1,77 µg/mL e teor de tanino de 8,17±0,64) and Jatropha mollissima (Pohl) Baill (IC50 de 54,09±4,36µg/mL e teor de tanino de 2,35±0,08). A fração hexânica, de Mentzelia aspera L., mostrou-se mais citotóxica frente às células NCI-H292 com uma CI50 20,64 μg/mL e apresentou em sua composição compostos terpênicos. Nós acreditamos que a flora da caatinga pode ser uma valiosa fonte de novos agentes citotóxicos, antioxidante e de plantas ricas em taninos. Palavras-chave: câncer; abordagem aleatória; etnobotânica, ecologia química. |