Sobre a modernidade em Walter Benjamin: alto capitalismo, crítica a modernidade e fenômeno originário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cruz, Maria Thaís da Silva da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84621
Resumo: <div style="">O objetivo desse trabalho é explorar a concepção de modernidade em Walter Benjamin, nesse sentido abordaremos como o filosofo promove um estudo da segunda metade do século 19, período que nomeou de alto capitalismo (Hochkapitalismus) no Trabalho das Passagens (1927-1940). Benjamin procura elabora um estudo sobre a superestrutura capitalista, a partir dos fenômenos culturais da cidade de Paris desse período. A forma-mercadoria, como reguladoras das relações capitalistas, conforme nos apresenta Marx, domina as formas de produção no modo de produção capitalista. Benjamin, buscando apresentar os fatos econômicos como a origem das manifestações culturais, desvia de uma concepção causal entre economia e cultura e a partir de Goethe, afirma uma relação expressiva, no sentido em que os fatos econômicos são o fenômeno originário dos fenômenos culturais, em que por conseguinte, a forma-mercadoria se expressa na própria manifestação desses fenômenos, portanto, ganha visibilidade na arquitetura, nas passagens, na moda, nas ruas e em todos os aspectos da vida. O desenvolvimento das forças produtivas sobre a capital francesa, manifesta o caráter fetichista da mercadoria nos eventos da superestrutura. Nessa perspectiva, a experiência do alto capitalismo é captado alinhado ao aspecto central da Novidade, correspondendo assim, dialética do sempre-novo-igual. Nas imagens que emergem em Paris interpenetram-se o arcaico e novo, o primeiro por corresponder a manutenção da uma forma arcaica e outro pelo provimento de novas forças produtivas. As categorias da psicanálise freudiana, operadas pelo filósofo, elucidam como a experiência social do alto capitalismo aproximam-se da experiência do sonho de indivíduo, para precisar a compreensão da relação presente e passado. A concepção benjaminiana de modernidade é inseparável tanto de uma análise da sociedade produtora de mercadorias como do redirecionamento dos conceito da psicanálise freudiana para o campo materialista. Nossa hipótese é que no estudo da superestrutura encontramos o conjunto de categorias históricos-construtivas para a crítica à Modernidade onde o filósofo apresenta uma crítica a repetição histórica. Palavras-chave: Modernidade. Forma-mercadoria. Interpenetração entre o arcaico e novo. Imagem. História.</div>