Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Ximenes Neto, Francisco Rosemiro Guimarães |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=47229
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Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A Estratégia Saúde da Familia-ESF, politica estruturante da Atenção Primária à Saúde-APS no Brasil, que busca reversão do modelo de atenção à saúde hegemônico, baseado em ações centradas na cura e na clínica hospitalar, e organiza-se a partir da concepção de território, de população adscrita e do cuidado centrado nas familias, no seus sujeitos e comunidades de modo integral, universal, equânime e resolutivo, possuindo como referência uma unidade de saúde com uma equipe multiprofissional, e gerenciados, quase sempre por práticas coletivas de maneira participativa. O estudo tem como objetivo geral, analisar criticamente o processo de trabalho dos gerentes da ESF, na perspectiva do conceito de território como espaço de relações de poder e de produção de sujeitos; e com os objetivos específicos: caracterizar o processo pelo quais os gerentes ascenderam ao cargo e os limites e/ou facilidades encontradas pelos gerentes no seu processo de trabalho; identificar os tipos de qualificação ou processo de educação permanente que tem ou estão inseridos os gerentes, o desenvolvimento científico-cultural dos mesmos e os conceitos fundamentais para o processo: território, territorialização, ESF e gestão participativa; e descrever as práticas dos gerentes de território na ESF de um município sede de macrorregião de saúde. A pesquisa é do tipo exploratório- descritivo, com abordagem qualitativa, e se baseia em estudo de caso e recuperação histórica, realizada no municipio de Sobral-Ceará, com 29 gerentes dos territórios da ESF. A coleta de dados referente às variáveis sobre o perfil, a formação profissional, tipos de qualificação/processos de educação permanente, o desenvolvimento cientifico-cultural, a gestão do trabalho, foi realizado por meio de um questionário, que foi aplicado, durante a Roda de Gerentes. Os dados acerca do processo pelos quais os gerentes ascenderam aos cargos, seu conhecimento sobre território, territorialização, gestão participativa, participação sócio-politica e ESF foram coletados a partir de uma entrevista semi-estruturada. No tocante a coleta de dados referente ao processo de trabalho dos gerentes do território na ESF foi utilizado a observação sistemática e a técnica de grupo focal. Do coletivo de gerentes, 92,9% são do sexo feminino; 100% são enfermeiros; 71,4% possuem Especialização na modalidade de Residência Multiprofissional em Saúde da Familia; 64,3% têm dificuldades de fazer aprimoramento; 100% não estão inseridos em um PCCS; 75% atuam como enfermeiro assistencial de determinado território. O motivo que levou o gerente assumir o cargo relaciona-se as caracteristicas de liderança, organização, de estar centrado no enfermeiro e indicação. As principais facilidades no processo de trabalho: bom relacionamento com a equipe, 39,3%; a organização do serviço de saúde 21,4%. As principais dificuldades: conciliar atividade de enfermagem e gerenciamento, 35,7%; e estrutura fisica da unidade, 32,1%. A representação fundamental sobre território está centrada, predominantemente, no espaço geográfico, na divisão político-administrativa. A organização do processo de trabalho da equipe é planejada de maneira coletiva, durante as Rodas dos Territórios. O processo de trabalho do gerente está centrado em ações individuais e coletivas, como enfermeiro assistencial, gerenciamento do serviço, articulação intersetorial, coordenação de rodas de co-gestão. A delegação de autonomia aos gerentes e a necessidade de formação em gestão são dois condicionantes ao processo de trabalho que precisam ser desenvolvidos.</span></font></div> |