Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Holanda, Bianca Feitosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=114879
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Resumo: |
A osteoartrite consiste em uma artropatia degenerativa, progressiva e incapacitante e seu tratamento é ineficaz e apresenta uma variedade de efeitos adversos. As cascas de Ximenia americana são popularmente utilizadas na forma chá para tratar condições inflamatórias e dolorosas. Experimentalmente é demonstrado que tais cascas apresentam os efeitos analgésico e anti-inflamatório em modelos clássicos de inflamação e na artrite induzida por zimosan em ratos. Além disso, a decocção das cascas de X. americana possui reduzida toxicidade. O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito da decocção das cascas de X. americana (DC.Xa) sobre a inflamação, nocicepção, dano articular e déficit funcional na osteoartrite induzida por monoiodoacetato (MIA) em ratas. A DC.Xa foi analisada quimicamente e administrada na dose de 100 mg/kg, v.o 24h e diariamente nos dias pré determinados após a indução da osteoartrite induzida por MIA (1 mg/ 25 µl, intra-articulação tíbio-tarsal) para avaliação dos seguintes parâmetros: diâmetro articular, permeabilidade vascular, hipernocicepção mecânica, nocicepção no sistema nervoso central, infiltrado leucocitário, marcadores inflamatórios (fator de necrose tumoral alfa-TNF-α, interleucina um beta- IL-1β, interleucina seis- IL-6) e de estresse oxidativo (glutationa reduzida-GSH, superóxido dismutase-SOD, nitrito/nitrato- NO2-/NO3-, malondialdeido- MDA), histopatologia da cartilagem articular e mobilidade noturna. A análise estatística foi realizada por ANOVA, seguida pelo teste de Bonferroni. A DC.Xa (100 mg/kg, v.o) reduziu o diâmetro articular (fase inicial: 16%, 54,3 ± 0,8 vs. MIA: 64,6 ± 1,1 ASC) (fase tardia: 14%,78,8 ± 1 vs. MIA: 91,2 ± 1,3 ASC), as concentrações de: proteínas totais (fase inicial: 42%, 0,19 ± 0,03 vs. MIA: 0.33 ± 0 mg/ml), TNF-α (25%, 15,6 ± 0,9 vs. MIA: 20,5 ± 0,5 TNF-α pg/ml), IL-1β (40%, 15,5 ± 0,5 vs. MIA: 26 ± 1,3 IL-1β pg/ml), IL-6 (79%, 17,5 ± 2,8 vs. MIA: 81,8 ± 4,1 IL-6 pg/ml), MDA (63%,0.351 ± 0.30 U/ml vs. MIA: 0.908 ± 0.61 U/ml) e NO2-/NO3- (12%, 0,138 ± 0,003 vs. MIA: 0,158 ± 0,005 NO2-/NO3-), o infiltrado de leucócitos totais (fase inicial: 60%, 300 ± 46 vs. MIA: 750 ± 132 número de leucócitos mm3) (fase tardia: 31%, 508 ± 61 vs. MIA: 740 ± 81 número de leucócitos mm3), principalmente de neutrófilos na fase inicial (80%, 46 ± 8 vs. MIA: 231 ± 55 número de leucócitos mm3) e de leucócitos mononucleares na fase tardia (34%, 373 ± 47 vs. MIA: 568 ± 63 número de leucócitos mm3) e os escores de dano articular tarsais propostos pela Sociedade Internacional de Pesquisa em Osteoartrite (OARSI) (71%, DC.Xa: 5 ± 1,7 vs. MIA: 17,5 ± 2,5 scores OARSI). Além disso, aumentou o limiar mecânico induzido por MIA do 1º ao 6º (24%, 208,1 ± 6,1 vs. MIA: 159,3 ± 7 ASC), do 7º ao 13º (36%, 358,4 ± 14,8 vs. MIA: 230,7 ± 12,1 ASC), do 14º ao 20º (39%, 412,7 ± 33,3 vs. MIA: 253,3 ± 21,1 ASC) e do 21º ao 28º (68%, 478,8 ± 6,6 vs. MIA: 313,6 ± 283,5 ± 20,4 ASC) dias após a indução, o limiar mecânico induzido por TNF-α do 1º ao 4º dias após a indução (39%, 357 ± 10,4 vs. TNF-α: 248,3 ± 14,9 ASC) e o limiar mecânico induzido por capsaicina da 2º a 24º horas após a indução (49%,1.536 ± 47,9 vs. capsaicina: 1.033 ± 72,2 ASC), a latência de resposta nociceptiva térmica induzida por MIA no 3º (53%, 2,82 ± 0,17 vs. MIA: 1,31 ± 0,29 min), 7º (44%, 2,08 ± 0,17 vs. MIA: 1,17 ± 0,30 min), 14º (55%, 2,62 ± 0,20 vs. MIA: 1,17 ± 0,36 min), 21º (64%, 2,3 ± 0,15 vs. MIA: 0,83 ± 0,28 min) e 28º (65%, 2,62 ± 0,16 vs. MIA: 0,95 ± 0,26 min) dias após a indução, a concentração de GSH (49%, 457 ± 174 μmol/ml vs. MIA: 740 ± 44 μmol/ml), a atividade de SOD (47%, 0,4663 ± 0,03487 vs. MIA: 0,3180 ± 0,02386 U SOD/ mg) e o tempo de mobilidade noturna do 1º ao 13º (40%, 32 ± 0,4 vs. MIA: 19,29 ± 1,31 ASC) e do 14º ao 28º (52%, 27,4 ± 0,7 vs. MIA: 13 ± 0,9 ASC) dias após a indução. Conclui-se que a DC.Xa apresenta efeito anti-inflamatório, antioxidante, antinociceptivo, protege de danos na cartilagem articular e aumenta a capacidade funcional de mobilidade de ratas induzidas osteoartrite por MIA. |