Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Freire, Luciana Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=47199
|
Resumo: |
As paisagens de exceção representam configurações diferenciadas em relação ao seu entorno. Resultam de uma dinâmica isolada, oriunda de fatores naturais, sobretudo biogeográficos, ao longo do tempo geológico. Esta pesquisa desenvolve-se baseada na analise do ambiente de uma das mais expressivas paisagens de exceção do Nordeste brasileiro: os brejos de altitude, exemplificados pela Serra de Baturité. Segundo AbSáber (1990), a expressão brejos, aplicada a ilhas de umidade no interior dos sertões secos, teve sua origem explicada através do entendimento na própria serra cearense. A exuberância paisagística da Serra de Baturité justifica-se pelo comportamento de um ambiente diferenciado, onde a altitude do relevo possibilita a existência de condições climáticas que potencializam, favoravelmente, a ocorrência de um enclave de mata úmida, no domínio semi-árido das caatingas, com formação influenciada pelos ventos que sopram do Oceano Atlântico. As potencialidades dos recursos naturais favoreceram, historicamente, a criação de condições propícias ao desempenho das atividades agrícolas e de fixação da segunda residência. O uso desordenado dos recursos naturais, em desacordo com as prescrições legalmente estabelecidas, propiciou a criação de uma Área de Proteção Ambiental (APA), no início da década de 1990. Mesmo com a criação da Unidade de Conservação, a área enfrenta problemas ambientais no que diz respeito às condições de uso e ocupação da terra. O Município de Mulungu é estudado com base nessa questão, justificando-se sua escolha por ser o maior município inserido na APA da Serra de Baturité. A pesquisa tem também o objetivo de avaliar o estado atual de conservação dos recursos naturais, propondo-se subsídios para o planejamento de uso e ocupação da terra em bases sustentáveis. A presença de atividades agrícolas em vertentes muito íngremes verifica-se rotineiramente, o que ocasiona a aceleração dos processos erosivos, o ressecamento de fontes dágua naturais, a ablação dos solos, o assoreamento do fundo dos vales, o empobrecimento da biodiversidade e a descaracterização da paisagem serrana. Acrescenta-se a prática de técnicas agrícolas rudimentares, além do uso incorreto de agrotóxicos, o que compromete a qualidade das águas superficiais, dos solos e da saúde humana e ambiental. A infra-estrutura de saneamento básico é deficiente, causando a poluição de recursos naturais. Outro problema apontado é o da especulação imobiliária, consumado pela valorização da terra na Serra de Baturité, consolidada como região de segunda residência e propícia a atividades turísticas. Palavras-chave: Paisagens de Exceção; Problemas Ambientais; Mulungu CE, Serra de Baturité. |