Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Braga, Klistenes Bastos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=69940
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Resumo: |
RESUMOEsta dissertação investiga a tradução audiovisual do cinema para pessoas com deficiência visual por meio da audiodescrição (AD) do filme O Grão, com base nos fundamentos teóricos de análise de AD, elaborados por pesquisadores espanhóis, principalmente. Segundos dados do IBGE (2000), somente no Ceará, são quase um milhão de pessoas com deficiência visual, que se encontram excluídas do contexto sociocultural e intelectual relacionado às produções cinematográficas. A AD, por sua vez, é uma modalidade de tradução audiovisual intersemiótica e consiste na descrição das informações que apreendemos visualmente e que não estão contidas nos diálogos, nem na trilha sonora, tornando assim o cinema acessível também para quem não enxerga. A AD se trata, então, da tradução das imagens em palavras. O corpus deste trabalho é constituído pelo filme O Grão, drama produzido pela Iluminura Filmes em 2007 e dirigido pelo cineasta cearense Petrus Cariry, que narra a história de Perpétua, uma velha senhora que, ao sentir a presença da morte, resolve preparar Zeca, o seu querido neto, para a separação que se aproxima, contando-lhe a história de um rei e uma rainha que perderam seu único filho. Enquanto Perpétua conta a história, Damião e Josefa trabalham para sustentar a família e preparar o casamento de sua filha Fátima. A metodologia do trabalho compreende uma dimensão descritiva, que classificou e analisou todas as inserções das descrições contidas no roteiro de AD, e outra exploratória, que aplicou um teste de recepção sobre a AD do filme, considerando duas variáveis: o espectador com deficiência visual e o género do filme. As hipóteses deste trabalho argumentam que não há diferença de recepção entre os dois grupos analisados, tanto os participantes com deficiência visual total e congénita, como os participantes com baixa visão, entenderam e apreciaram O Grão, apesar de ser um filme com poucos elementos acústicos, e acompanharam a caracterização dos personagens e ambientação. A coleta de dados foi feita com a leitura e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, a aplicação dos questionários pré e pós-coleta, anotação dos relatos retrospectivos e a filmagem de todo esse processo. Além de melhorar a compreensão do filme, conclui-se que a AD dos ambientes, do tempo em que se passam as cenas e das características dos personagens do filme foi eficiente para os quatro participantes da pesquisa, de forma que todos conseguiram alcançar um nível satisfatório de compreensão da narrativa e percepção dos elementos visuais da obra, independentemente, do grau de acuidade visual de cada um. Pode-se concluir ainda que um filme considerado difícil para a maioria dos espectadores, que foge à narrativa clássica do cinema de Hollywood, pode ser apreciado por uma audiência com deficiência visual a partir da AD.Palavras-chave: Tradução Audiovisual. Audiodescrição. Acessibilidade Audiovisual. |