Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
CAVALCANTE, ANTONIO SIMÃO |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84818
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Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A presente pesquisa debruça-se sobre as narrativas das travestis que vivem nos municípios do Sertão Central cearense. Busca entender quais os motivos que possibilitam suas lutas e permanências nessa região, bem como visa contribuir para que suas cidadanias sejam reconhecidas dando voz a essa parcela da sociedade tão estigmatizada e vista como sujeitos abjetos. Assim, essa dissertação objetiva analisar a vida das travestis que vivem nas cidades do Sertão Central cearense a partir de suas narrativas sobre a própria história de vida, compreendendo a discriminação, o preconceito e a busca por inserção social. Especificamente, buscamos descrever e analisar as principais formas de trabalho que as travestis realizam para sobreviver; investigar os motivos que levaram as travestis analisadas a permanecerem em suas regiões de origem; e interpretar como a discriminação, o preconceito e a transfobia impostos pela sociedade às travestis se relacionam com o contexto socioeconômico e suas histórias de sobrevivência. Justifica-se pela existência, permanência e resistência das travestis que vivem nesse espaço e constroem novos olhares e reflexões sobre sua corporeidade e os discursos que são elaborados sobre si mesmas, desequilibrando, a partir de sua materialidade corpórea-discursiva, as fronteiras que alocam os gêneros e as sexualidades. Trata-se de um estudo qualitativo no qual o problema se constrói de modo emergente no ato da pesquisa, que se pauta na análise das narrativas de cinco travestis, buscando compreender suas próprias memórias, experiências concretas e de como constroem o olhar‟ diante do mundo e de si mesmas, interpretados à luz das crenças e paradigmas de um pesquisador historiador-etnográfico. Para dar suporte teórico às nossas discussões, realizou-se uma abordagem histórica, destacando o Corpo e suas relações com gênero e identidades, discorremos quanto ao processo de construção histórico-social das travestis, buscando apresentar as identidades de gênero não-hegemônicas e o conceito de performatividade. A discussão dos resultados analisa tanto as sobrevivências quanto as resistência das Travestis do Sertão central cearense. No Sertão, as travestis sentem na pele, que ultrapassar as fronteiras dos gêneros é pagar um preço altíssimo na vida social, pois tornam-se corpos abjetos, especialmente pelas instituições que deveriam ser lugar de acolhimento e construção de suas dignidades como é o caso da Família e do Estado. Ainda assim, elas conseguem diariamente ultrapassar as barreiras pelas quais seus corpos estão alocados e, construírem-se desequilibrando os dispositivos que buscam invisibilizá-las.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chaves: Corpo. Gênero. Travestis. Preconceito. Resistência.</span></font></div> |