Acessibilidade e Direito a Cidade: Estudo sobre a Mobilidade Espacial Urbana dos Moradores do Bairro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Franca, Cristiane Ferreira de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=69186
Resumo: RESUMOA mobilidade inerente ao urbano, não ocorre em igualdade de condições para todos os habitantes de uma cidade. Tal fato está relacionado ao processo de produção - apropriação do espaço urbano contemporâneo, que é reflexo e j condicionante social e enseja, por consequência, desigualdades socioespaciais diversas. Pode-se mencionar, como exemplo, a segregação espacial induzida da população de baixo poder aquisitivo em áreas periféricas das cidades como produto desse processo de (re) produção e apropriação do e no espaço urbano. Os bairros periféricos constituem, com efeito, opção para as populações pobres que não têm a possibilidade de arcar com os custos de habitação em áreas mais centrais e mais bem dotadas de infraestrutura. De forma geral, as periferias das grandes cidades brasileiras, dentre estas as cearenses, caracterizam-se pelo provimento inadequado, a quem as habita, de serviços essenciais, como saúde, educação, lazer, dentre outros, ensejando por consequência maior necessidade do exercício de mobilidade para suprir suas carências que, em geral, não são atendidas nos bairros nos quais reside, logo, a mobilidade que deveria ser sinónimo de urbanidade passa a ser compulsória. Em Fortaleza, a urbanização periférica se fez sentir com maior intensidade na década de 1970, com a multiplicação de bairros cada vez mais longínquos, que passaram a abrigar uma população oriunda do litoral e do interior do Estado que afluía às cidades na ânsia de lograr melhores condições de vida, haja vista a estrutura fundiária concentrada e os problemas relacionados a longos períodos de estiagem. Não obstante a necessidade crescente de deslocar-se para suprir suas necessidades, a segregação socioespacial, torna-se um agravante, uma vez que essa população tem seu acesso ao serviço de transporte público coletivo de forma limitada, seja pelas altas tarifas incompatíveis com a renda da maior parte da população, seja por sua provisão inadequada, restando-lhes, assim, criar alternativas para exercer o direito de ir e vir. Esta pesquisa buscou apreender a dinâmica urbana de Fortaleza com base na mobilidade cotidiana, tendo como objeto específico de análise a periferia sudoeste desta cidade, ou, mais precisamente, a população que mora no bairro Bom Jardim. Para tanto, utiliza-se como base metodológica o uso de dados primários obtidos com a aplicação de questionários, por unidade domiciliar de acordo com critérios estatísticos. Como considerações finais, constata-se que o efetivo exercício da mobilidade espacial urbana dos moradores da periferia pobre de Fortaleza, como das demais cidades brasileiras, está diretamente relacionado à (re) produção no e do espaço urbano, com reflexos significativos na mobilidade espacial urbana e, desta forma, no direito à cidade.Palavras-chave: Mobilidade espacial urbana. Segregação socioespacial. Direito à cidade.