Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Sarah Lima Verde da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=86434
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Resumo: |
O uso de drogas é intrínseco a história da humanidade. Dentre as possibilidades de intervenção junto a pessoas que desenvolvem a dependência química encontra-se as internações em Comunidades Terapêuticas. Estes equipamentos, inspirados no modelo americano chegaram ao Brasil em um momento histórico propício à sua expansão, caracterizado por uma visão social clara de criminalização do uso e ausência de uma política pública específica sobre drogas. Nesse contexto, esse modelo de intervenção passou a ter grande representação nacional. Diante dos poucos estudos sobre essa temática, objetivou analisar o funcionamento das comunidades terapêuticas do município de Caucaia a partir do que institui a política sobre drogas no Brasil. Também almejou alcançar os respectivos objetivos específicos: conhecer a organização do serviço e o processo assistencial; identificar nos discursos dos usuários e profissionais do serviço elementos indicativos da assistência recebida e discutir os achados na perspectiva dos documentos oficiais que orientam o funcionamento das instituições que prestam serviços de atenção a pessoas com dependência de substâncias. Para atingir os objetivos, foi realizada uma pesquisa de caráter exploratório e descritivo. A coleta de dados foi realizada através das técnicas de observação participante e entrevista semiestruturada com residentes e profissionais das Comunidades Terapêuticas de Caucaia. Os resultados obtidos apontam que as Comunidades Terapêuticas funcionam parcialmente em relação aos disposições legais que versam sobre o tema. Diversas irregularidades foram identificadas como a admissão involuntária de pessoas, cárcere privado, exploração do trabalho, restrição dos meios de comunicações disponíveis e do acesso aos familiares, discriminação e preconceitos em relação a religiosidade, dentre outros. Ainda assim, a oferta desse modelo de tratamento corresponde as expectativas dos residentes que estão inseridos em um cenário histórico político que legitima práticas coercitivas, punitivas e segregadoras de tratamento, pensamentos que se fortalecem e se legitima diante de uma Rede de Atenção Psicossocial fragilizada e uma Política Nacional sobre drogas permeada de contradições. Palavras- Chave: Drogas. Dependência Química. Comunidades Terapêuticas. |