Perfil da mortalidade materna no Ceará com ênfase nos óbitos ocorridos na Maternidade Escola Assis Chateaubriand – UFC: 2000 a 2003

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Carvalho, Arnaldo Afonso Alves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=75245
Resumo: Objetivos: Analisar o perfil da mortalidade materna no Ceará no período de 2000 a 2003 e, particularmente, na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC) - Universidade Federal do Ceará. Casuística e Metodologia: Reaçlizou-se um estudo retrospectivo de 465 casos de óbitos maternos registrados na Secretaria Estadual de Saúde (SESA), incluindo 36 prontuários investigados da MEAC. Utilizou-se o Teste de Associação Linear, o Teste do Qui-Quadrado de Pearson e o Teste de Regressão Logística (OR). Calculou-se a Razão de Morte Materna por 100.000 Nascidos Vivos (NV). Resultados: Estudo das variáveis na SESA: A maior Razão da Mortalidade Materna (RMM) ocorreu no ano 2002: 88,7/100.000 NV, e o segundo maior em 2003: 78,1/100.000 NV. No período estudado, as causas obstétricas diretas caíram de 78,6% para 59,1%, enquanto as indiretas aumentaram de 21,4% para 40,9%. Quando analisada a relação das causas obstétricas diretas e indiretas, identificou-se uma Regressão Logística, proporcionalmente decrescente à medida que os anos se sucediam, caso as medidas no período considerado continuem as mesmas. Não se identificaram associações significativas nos testes analíticos aplicados segundo os dados observados nas demais variáveis. No que diz respeito às faixas etárias, verificou-se o maior percentual entre 20 e 24 anos (18,3%). Quanto ao local: ocorreram em hospital 352 casos (76,2%), em domicílio 69 (14,9%) e em outros locais 41 (8,9%). Em relação à assistência pré-natal, o que mais chama a atenção são 96 casos (32,8%) com menos de quatro consultas. No tocante ao tipo de parto: vaginal, 180 casos (51,3%) e cesárea, 171 casos (48,7%). Na revisão dos prontuários da MEAC, a ocorrência dos casos de mortes maternas por causa obstétrica direta, com 29 eventos, mostra a eclâmpsia com presença em 11 dos casos (30,5%); a RMM variou entre 86,4 e 220,8/100.000 NV; e o tempo permanência hospitalar mostrou 12 casos com <span style="font-size: 10pt; line-height: 115%; font-family: Arial, "sans-serif";">&#8804; 1 dia (33,3%). Conclusões: As causas obstétricas diretas foram as principais responsáveis pelo obituário materno, apresentando decréscimo ao longo do período. Pela análise estatística, segundo se conclui, caso as medidas adotadas neste período se mantenham, anualmente, poderá haver uma redução. No estudo da SESA, a RMM oscilou em uma média de 80,6/100.000 NV, enquanto no estudo dos prontuários da MEAC esta razão foi crescente, mostrando um valor máximo no ano de 2003 de 220,8/100.000 NV.</span><div><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%; font-family: Arial, "sans-serif";">Palavras-chave: Mortalidade materna; Estudo epidemiológico; Cuidado pré-natal; Ceará.</span></div>