Evasao e Repetencia em Uma Escola Publica Municipal de Fortaleza da Regiao 07

• Ano de defesa: 1995
• Autor(a) principal: Santos, Francisca das Neves de Almeida
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Evasao Escolar; Repetencia
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=7814

O presente trabalho tem como objetivo detectar dados referentes aos fatores seletivos e as altas taxas de reprovacao e evasao do turno noturno das classes do PEB - Programa de Educacao Basica. Preocupada com o problema busquei estudar a situacao da evasao nas escolas municipais de Fortaleza, destacando a Regiao 07 como universo da pesquisa e, dentro dela, a escola de 1º grau Dona Conceicao Mourao como amostra. Para a reproducao deste trabalho fiz pesquisas em revistas, relatorios e documentos da Fundacao Educar que abordavam questoes relativas ao problema da evasao escolar e da educacao de adultos, bem como Constituicao Federal e autores que tambem tratam dos problemas da educacao. Nao me satisfazendo com as descricoes teoricas anteriores determinei-me por uma observacao direta, usando a Escola de 1º grau Dona Conceicao Mourao, nomeando os indicadores do objeto deste estudo, que foram: escola, alunos, professores e a comunidade familiar.Conclui com relatorio de depoimentos dos professores, familiares e alunos, onde pude evidenciar que no "mundo proprio" do docente, o fator mais importante na evasao do aluno esta relacionado ao cansaco do trabalho, e ainda, cansaco, fome e sono sao palavras comuns no cotidiano de alunos que, apos um dia de trabalho, "enfretam" a sala de aula de uma escola. Para mudarem esse vocabulario e preciso valorizar o ensino noturno, compreender o estudante trabalhador e, a partir dai, adaptar o curriculo a sua realidade. A escola em estudo pertence ao patrimonio municipal e esta localizada na zona da cidade de Fortaleza, no bairro de Granja Portugal, rua Duas Nacoes, sem numero. A principal preocupacao desse trabalho e valorizar o ensino noturno, contribuindo, operacionalmente, no esforco educacional de tentar diminuir os indices de evasao e repetencia do ensino naquela, junto a estas escolas, subsidiando o sistema escolar quanto ao planejamento, avaliacao e acompanhamento deste ensino, sensibilizando a comunidade educacional e demais setores sociais correlatos a respeito da relevancia socio-civico-politica do investimento educacional a favor do aluno trabalhador. Optei pelas tres ultimas decadas, ou seja, de 1964 ate os nossos dias, visto ser este um periodo referencial para este estudo. Percebe-se que a mobilizacao brasileira na educacao do povo, ao longo de nossa historia parece realmente ligar-se as tentativas de sedimentacao ou de recomposicao do poder politico e das estruturas socio-economicas, fora ou dentro da ordem vigente. A vigente Constituicao ampliou os direitos formais, legitimando o direito a escola publica tambem para uma populacao que tem sido socialmente marginalizada. O reconhecimento desses direitos gerou uma movimentacao do governo e da sociedade civil para efetivacao dos fins esrabelecidos. Apesar dos enormes esforcos do governo e da sociedade civil, alem dos movimentos populares em busca de uma escola publica de qualidade, permitindo com isso maior numero de alunos em condicoes reais de frequencia, constata-se que as acoes empreendidas mostraram-se insuficientes. Entretanto, com a redefinicao dos objetivos do antigo Movimento Brasileiro de Alfabetizacao (MOBRAL), o Presidente da Republica, pelo Decreto nº 91.980, de 25 de novembro de 1985, confere a Fundacao Nacional para Educacao de Jovens e Adultos – EDUCAR, a atribuicao de fomentar programas destinados aqueles que nao tiveram acesso a escola ou que dela foram excluido. Com a extincao da Fundacao Educar, o PEB transfere-se para os sistemas de ensino oficial como uma modalidade de ensino para jovens e adultos, onde suas atividades sao desenvolvidas e acompanhadas pelas Secretarias de Educacao, Estado e Municipios. Esta parceria vem integrar o PEB, permitindo ao aluno o acesso as escolas publicas, ao ensino noturno aqueles que foram excluidos a seguir, continuamente, os estudos.