Papilomavirus humano (HPV) por captura híbrida II em adolescente do sexo feminino: relação com o modo de vida, a atividade sexual e o exame ginecológico de rotina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Lima, Joab Soares de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=53636
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 10pt;">OBJETIVO: Avaliar a prevalência de infecção pelo papilomavírus humano em adolescentes do sexo feminino mediante realização de exames de prevenção do câncer do colo uterino, aplicando a técnica de captura híbrida II, relacionando-a com o modo de visa, a atividade sexual e o exame ginecológico de rotina. MATERIAL E MÉTODOS Estudo transversal com amostra de 130 mulheres adolescentes entre 15 e 19 anos adscritas às unidades do Programa Saúde da Família do Município de Iguatu-Ceará, entre os meses de janeiro e junho de 2009. Após consentimento esclarecido, aplicou-se um formulário estruturado e todas foram submetidas a exame ginecológico constituído de coleta de material para citologia oncótica convencional e para detecção de&nbsp;</span></font><span style="font-family: Arial, Verdana; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">papilomavírus humano por captura híbrida II, seguida de inspeção visual após ácido acético 5%. As pacientes com resultados de citologia oncótica e inspeção visual anormais, positividade à captura híbrida II, foram encaminhadas para colposcopia, biopsia e histopatologia quando indicadas. As análises estatísticas empregadas foram teste de qui-quadrado de Pearson, teste exato de Fisher e análise multivariada pelo método <em>forward likelihood ratio</em>. RESULTADOS A prevalência de infecção genital por&nbsp;</span><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">papilomavírus humano foi de 40,8% de positividade, com 73,6% para HPV de alto risco, 5,7% para baixo risco e 20,8% para infecção mista. A inspeção visual após o ácido foi anormal em 25,4% do total de adolescentes. A colpocitologia oncótica apresentou 8,5% de citologias anormais representadas por 81,8% de lesão intra-epitelial de baixo grau e 18,2% de atipia de células escamosas de significado indeterminado. Foram realizadas 84 colposcopias, sendo observado que 38,1% delas apresentavam zona de transformação anormal com predomínio de alterações tênues. Na relação entre os exames, a taxa de captura híbrida II positiva em mulheres com exames anormais foi de 72,7% para inspeção visual após ácido, 81,8% para colpocitologia oncótica convencional e em 81,3% para colposcopias, ficando demonstrada significância estatística (p&lt;0,05). A distribuição da faixa etária apresentou-se de maneira uniforme nas categorias de 15 a 17 anos e de 18 a 19 anos, com maior proporção de infecção viral para a categoria de maior idade e que iniciaram atividade sexual mais precocemente. As participantes com menor grau de escolaridade, fumantes, solteiras, com dois ou mais parceiros sexuais durante a vida e que não usavam preservativo ou pílula anticoncepcional com regularidade nunca realizaram prevenção de câncer ginecológico nem engravidaram, apresentaram maior frequência da infecção pelo&nbsp;papilomavírus humano. As adolescentes na categoria mais jovem, não-fumantes, monogâmicas, e que já haviam engravidado, foram associadas a menor prevalência da infecção. CONCLUSÃO Os resultados demonstram uma população jovem, de aproximadamente 50% dela apresentando infecção viral, com predomínio do sorotipo de alto risco oncogênico e apresentando lesões pré-invasoras no colo uterino, portanto, necessitando de acompanhamento a fim de prevenir&nbsp;a transformação&nbsp;maligna. A associação de captura híbrida II, como método de Biologia molecular, com inspeção visual, citologia e colposcopia, como métodos morfológicos, demonstrou benefícios para ampliar a identificação de pacientes de maior risco para desenvolverem câncer de colo uterino. Descritores: P</span></font><span style="font-family: Arial, Verdana; font-size: 13.3333px;">apillomavírus Humano, Adolescentes, Colposcopia, Comportamento Sexual.</span>