Padrão temporal, distribuição espacial e fatores associados a mortalidade por parasitoses e doenças vetoriais negligenciadas no brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Queiroz Neto, Joao Bezerra de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=117465
Resumo: Objetivo: analisar a distribuição espaço-temporal e os fatores associados à mortalidade por parasitoses e doenças vetoriais negligenciadas no Brasil no período de 2001 a 2021. Método: Estudo ecológico que analisou os óbitos por parasitoses e doenças vetoriais registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade. Com vistas a identificar aglomerados espaciais, foram utilizados os seguintes métodos: a autocorrelação espacial, a varredura Scan e a técnica Gertis-Ord Gi. A função de autocorrelação espacial foi aplicada através do índice de Moran global e local. A análise temporal foi realizada por meio do software Joinpoint Regression Program (versão 4.9.0.0), permitindo avaliar tendências de mortalidade no período. Resultados: a taxa média de mortalidade foi de 0,5 óbitos por 100.000 habitantes, com declínio observado ao longo dos anos. As principais causas de morte foram esquistossomose e leishmaniose, com maior impacto em homens, idosos, pessoas pardas ou pretas e com baixa escolaridade, especialmente na região Nordeste. As regiões Nordeste e Sudeste apresentaram o maior número de óbitos por esquistossomose e leishmaniose, enquanto que a região Norte se destacou por elevado número de óbitos por malária e a região Sudeste pela cirsticercose. Entre as parasitoses e doenças vetoriais mais relevantes em termos de mortalidade no Brasil tem-se a ascaridíase, cisticercose, malária, esquistossomose e a leishmaniose. Conclusão: apesar da redução na mortalidade por parasitoses e doenças vetoriais negligenciadas entre 2001 e 2021, as mortes ainda se concentram em regiões específicas e populações vulneráveis, associadas a fatores ambientais e à presença de vetores. Essas evidências reforçam a necessidade de intervenções direcionadas, que integrem controle de vetores, melhorias socioambientais e políticas públicas de saúde para reduzir desigualdades regionais e avançar no enfrentamento dessas doenças.