A saúde coletiva na formação de profissionais da saúde: um estudo em uma instituição de ensino superior no Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Aguiar, Viviany Caetano Freire
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=103730
Resumo: A Saúde Coletiva configura-se como um campo de conhecimento em que se articula também em uma dimensão mais prática dos serviços de saúde, que necessita de reflexões mais aprofundadas no campo epistemológico e tem como uma de suas principais propostas, resgatar o social. Trazendo a discussão para a área da saúde, observa-se a relevância de que todas as profissões de saúde, em alguma medida, deveriam incorporar em sua formação e em sua prática, elementos da Saúde Coletiva. O objetivo deste estudo consiste em analisar a inserção do campo da Saúde Coletiva nos cursos de graduação na área da saúde em uma instituição de ensino superior no Ceará. Para tanto, realizou-se uma pesquisa baseada em estudo de caso com elementos da pesquisa documental e da abordagem qualitativa. O estudo ocorreu no Centro Universitário INTA - UNINTA, mais especificamente em dez cursos de graduação da área da saúde, em que foram analisados os Projetos Pedagógicos dos Cursos com o intuito de investigar as concepções de currículo, o perfil profissional de egressos e a presença de disciplinas para o campo da saúde coletiva. Para tanto, realizou-se entrevistas com quinze docentes que ministram a disciplina de Saúde Coletiva e/ou afins, sendo utilizada a Análise Temática de Minayo (2014). Como resultado, percebeu-se que a proposta curricular dos cursos pesquisados consta-se embasada nas Diretrizes Curriculares Nacionais, aos quais o perfil dos egressos possui um enfoque generalista tendo em vista uma formação crítica e reflexiva. Foram encontradas um total de oito disciplinas intituladas “Saúde Coletiva” e, além disso, identificou-se um total de mais onze disciplinas que se aproximavam a partir das ementas e bibliografias nos demais cursos. No que se refere aos referenciais bibliográficos, foram encontradas referências de autores que abordam estudos que possibilitam o entendimento e a reflexão no campo da Saúde Coletiva. Nas entrevistas, percebeu-se que boa parcela dos docentes possui formação e produção científica em Saúde Coletiva ou afins; apresentaram compreensão sobre a saúde coletiva em seu aspecto ampliado diante de uma perspectiva integralizada; consideram importante a Saúde Coletiva para a formação dos profissionais de saúde; percebem fortemente sua inserção no curso, já outros não a percebem de forma tão vigorosa; consideram como dificuldades a resistência dos discentes em receber os conteúdos de Saúde Coletiva, bem como a não valorização entre colegas docentes; boa parte dos docentes sugere propostas relacionadas ao estímulo para pesquisa, projetos, monitorias diante do fortalecimento do tripé ensino, pesquisa e extensão para contribuir na melhor qualificação enquanto futuro profissional. Assim, conclui-se que ainda são grandes os desafios para a inserção dos conteúdos da Saúde Coletiva de maneira efetiva em todos os cursos de graduação da saúde e que não esteja limitada apenas a uma ou duas disciplinas de maneira compartimentalizada, sem dialogar com os saberes necessários para a ampla abrangência sobre o assunto.