Análise de uma série de casos confirmados de microcefalia causados pelo vírus Zika

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Figueiredo, Thânia Maria Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=85613
Resumo: Zika Vírus é um arbovírus do gênero Flavivírus, da família Flaviviridade, identificado pela primeira vez na Uganda em 1947. No Brasil foi identificado pela primeira vez em 2014. É transmitido pelo Aedes Aegypti, o mesmo vetor da Febre Amarela, Dengue e Chikungunya. O vírus foi responsável, em 2015, por mais de 84 casos de microcefalia no estado do Ceará. O ácido fólico previne defeitos no tubo neural quando sua ingesta é feita no início da gestação. O objetivo do estudo é analisar uma série de casos confirmados de microcefalia causados pelo vírus Zika cujo as mães não fizeram uso adequado de ácido fólico no Estado do Ceará, de 2015 a 2018, de forma indireta, através do sistema de informações da Vigilância Epidemiológica, arquivados no banco de dados da Secretaria Estadual de Saúde. É um estudo de abordagem quantitativa, descritivo, do tipo série de casos. Foi realizado uma busca dos casos confirmados de microcefalia pelo vírus Zika, cuja as mães residem no estado do Ceará. Os dados foram coletados na Secretaria de Saúde do estado, onde se encontra o banco de dados com todos os casos de microcefalia do estado do Ceará. A população do estudo englobou todos os casos de recém-nascidos vivos com microcefalia causada pelo vírus Zika, sendo estes casos confirmados. O tamanho da amostra foi estimado em 100% dos casos confirmados, e o critério de inclusão foram pacientes com microcefalia pelo Zika, confirmados por exames laboratoriais e/ou de imagem e que ainda estejam vivos.. Os critérios de exclusão foram de pacientes com microcefalia por outras afecções e os casos de microcefalia pelo Zika mas em óbito. No presente estudo tem-se como resultados 36 (trinta e seis) casos confirmados de mães com filhos vivos com microcefalia, causada pelo vírus Zika, diagnosticados com microcefalia no período de 2015 a 2018 no estado do Ceará. Nessa série de casos com o perfil sociodemográfico, familiar e condições obstétricas foi possível observar que o perfil das mães que tiveram filhos com microcefalia pelo Zika foram de mães pardas, em idade reprodutiva de 20 a 34 anos, concentrado nas cidades mais populosas e de maior IDH do estado do Ceará, Fortaleza, Caucaia e Juazeiro do Norte, com diagnóstico intraútero, fazendo uso do ácido fólico somente após descoberta da gestação, com crianças&nbsp;nascidas a termo e pré-termo e mantendo perímetro cefálico entre 20 e 30 centímetros.<br/>Palavras-chave: Zika. Ácido fólico. Prevenção microcefalia. Microcefalia. Arboviroses.