ACHADOS MAMOGRÁFICOS, NUTRIÇÃO E INFLAMAÇÃO: O PAPEL DO ÍNDICE DE QUALIDADE DE CARBOIDRATO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MENDES, ANA LUIZA DE REZENDE FERREIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=87161
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Introdução: O câncer de mama é um dos mais prevalentesno mundo. Componentes dietéticos e condições nutricionais estão envolvidos na etiologia desta afecção. Nas últimas décadas vem se discutindo a associação do índice glicêmico – IG e da carga glicêmica – CG com este tipo de câncer, com resultados controversos. Mais recentemente, vem sendo estudado o índice de qualidade de carboidrato dietético (IQC) em relação a diferentes doenças, índice este que inclui o IG entre os componentes avaliados. A quase totalidade dos estudos envolvendo nutrição e câncer de mama não foca sobre interações com achados mamográficos. Considerando esta lacuna surgiu o interesse de avaliar o papel do IQC nos achados mamográficos e nas condições potencialmente associadas: estado nutricional e inflamação. Objetivo: Avaliar as inter-relações entre achados mamográficos, nutrição e inflamação em mulheres atendidas em serviço de rastreamento para o câncer de mama, com foco no índice de qualidade de carboidrato dietético. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa. O local do estudo é uma Unidade de Saúde de referência, que realiza mamografias em pacientes do Sistema Único de Saúde - SUS, o Grupo de Educação e Estudos Oncológicos - GEEON. A amostra foi de conveniência, envolvendo 648 mulheres sem presença de câncer, que buscaram o serviço para realização de mamografia. Foram coletados dados demográficos, socioeconômicos e nutricionais. Os dados nutricionais compreenderam antropometria e ultrassom, para avaliação do estado nutricional, e consumo alimentar, obtido através de dois recordatórios alimentares de 24 horas (RA24h). A partir dos dados alimentares foi calculado o IQC. Os laudos da mamografia foram compilados nos prontuários das participantes. Os mesmos são expressos de acordo com o BreastImageReportingand Data System – BI-RADS do American CollegeofRadiology (2015). A partir desta categorização, as mulheres foram estratificadas em dois grupos: sem (BI-RADS 1 e 2) e com (BI-RADS 0, 3, 4 e 5) achados alterados. Sangue foi coletado para avaliação de um marcador de inflamação, a relação neutrófilo/linfócito (RNL). Para análise estatística utilizou-se o programa SPSS versão 20.0 e Stata versão 11.0, bem como foram realizados testes Qui-quadrado, t de Student ou Mann-Whitney, ANOVA, regressão linear e regressão logística, com ajuste para variáveis confundidoras, adotando-se p &lt; 0,05 como significante. Resultados: O estudo levou ao desenvolvimento de três artigos, enfocando as seguintes relações: achados mamográficos e IQC; achados mamográficos, RNL e IQC; achados mamográficos, marcadores de obesidade e IQC. Constatou-se que o IQC não é correlacionado com os achados mamográficos e estado nutricional. Por outro lado, mulheres</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">com achados mamográficos alterados e com alta RNL têm um menor consumo de grãos integrais e um pior índice de qualidade de carboidrato dietético. Mulheres com achados mamográficos alterados também exibem maior acúmulo de gordura abdominal, estimada pelo indicador circunferência da cintura. Conclusão: No grupo avaliado, mulheres com achados mamográficos alterados possuem maior gordura abdominal e, se houver presença concomitante de alta RNL, também possuem um pior IQC. Palavras-chave: Índice glicêmico. Dieta. Carboidrato. Qualidade. Mamografia. Câncer de mama.</span></font></div>