A maçã no escuro como metáfora da trajetória conceitual da referência no âmbito dos estudos da linguagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Demétrio., Alana Kercia Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=107893
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Este estudo aborda a relação entre o drama da linguagem presente no romance A maçã no escuro, de Clarice Lispector, e a trajetória conceitual da referência. Apoiando-nos nas contribuições teóricas que amparam as transformações envolvidas nessa trajetória até a construção da noção de referenciação, analisamos 43 passagens do romance as quais consideramos remetentes à tríade cognição, linguagem e referência. Nossa análise consistiu no exame dessas passagens à luz da discussão filosófica sobre o problema da verdade (DAVIDSON, 1974; 2008; MARTINS, 2000; 2004; 2012; RORTY, 1980; WITTGENSTEIN, 1968; 1996); do despertar da Linguística para a importância da dimensão discursiva dos atos de referir (ARAÚJO, 2004; 2007; BAKHTIN, 1997; BAKHTIN/VOLOSHINOV, 2006; BLIKSTEIN, 2003; CARDOSO, 2003; COSTA, 2007; MONDADA E DUBOIS, 2003) e da construção da hipótese sociocognitiva como alternativa ao conflito erguido entre o essencialismo e o relativismo radical (MARCUSCHI, 2007; SALOMÃO, 1997; 1999; 2005). Os resultados a que chegamos apontam para a presença de uma tensão constante no percurso trilhado pelo protagonista da obra, uma tensão que incorpora, de certo modo, uma crise paradigmática semelhante à que caracteriza os estudos da linguagem (MARTINS, 2004); e evidenciam que o personagem assume, ao final da narrativa, uma concepção segundo a qual com a linguagem damos forma ao mundo, análoga, portanto, à visão sociocognitivista.</span></font>