Bioprospecção do óleo de “Moringa oleifera” como crioprotetor de ação extracelular em protocolos de criopreservação de sêmen caprino em diluente à base de água de coco em pó (ACP-101c)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pires, Renata Sa De Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=98489
Resumo: Substâncias de origem animal, como gema de ovo (GO) e leite desnatado, são amplamente empregados na preservação do sêmen, mas representam um risco potencial na contaminação do mesmo. O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito do óleo de Moringa oleifera (MO) como crioprotetor de ação extracelular em protocolos de criopreservação de sêmen caprino em diluente à base de água de coco em pó (ACP-101c). Todos os ejaculados utilizados no estudo foram provenientes de reprodutores que apresentaram qualidade seminal dentro dos parâmetros estabelecidos pelo CBRA em 2013 para sêmen fresco. O diluente ACP-101c foi preparado e fracionado em quatro alíquotas: T1 (controle: ACP-101c + 5% GO), T2 (ACP-101c + 0,5% MO), T3 (ACP-101c + 1,0% MO), e T4 (ACP-101c + 2,5% MO). Após cada coleta e pré-avaliação, os ejaculados foram reunidos em um pool, homogeneizados, divididos em quatro alíquotas e diluídos nos tratamentos T1, T2, T3 e T4 acima. Em seguida, cada tratamento foi fracionado em duas alíquotas, e uma foi mantida em banho Maria a 37 °C por duas horas para realização do teste de termorresistência (TTR) e a outra submetida a curva de refrigeração (-0,35 °C/min.) até atingir 4 °C. Já para o protocolo de congelação elaborou-se um meio-base contendo ACP-101c + 7% glicerol + 0,8 mg/mL de antimicrobiano (MB), em seguida o mesmo foi fracionado em cinco alíquotas e a estas foram adicionados os crioprotetores externos segundo os tratamentos: T1 (controle – MB + 5,0% GO), T2 (MB + 0,5% MO), T3 (MB + 1,0% MO), T4 (MB + 2,5% MO), e T5 (MB + 5,0% MO). Após cada coleta e pré-avaliação, os ejaculados foram reunidos em um pool, homogeneizados, divididos em cinco alíquotas e diluídos nos tratamentos T1 a T5 acima. Em seguida, as amostras foram refrigeradas até 4 °C (-0,35 °C/min), envasadas em palhetas de 0,25 ml, congeladas em vapor de nitrogênio (- 60 °C) e armazenadas em botijões criogênicos -196 °C. O sêmen fresco diluído foi avaliado quanto à cinética espermática e submetido ao teste de termorresistência (TTR). O sêmen refrigerado foi avaliado somente quanto à cinética espermática. Já o sêmen pós-descongelação, foi avaliado quanto à cinética, à integridade de acrossoma, à integridade de membrana espermática, à atividade mitocondrial, e à morfologia espermática. Dos resultados obtidos no presente estudo pode-se concluir que o óleo da M. oleifera adicionado ao meio de conservação de sêmen caprino à base de água de coco em pó (ACP-101c) não apresenta toxicidade aos espermatozoides e preserva a qualidade espermática, em protocolos de refrigeração a 4 °C, dentro dos valores preconizados para a espécie caprino. No entanto, o óleo de moringa não foi eficaz em proteger a membrana espermática durante o processo de congelação-descongelação, tornando-se necessários novos estudos para aprimorar o meio de criopreservação.