Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Michelle Soares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=97463
|
Resumo: |
A presente pesquisa tem por objetivo geral analisar as atividades de professores de línguas materna e estrangeira, considerando-se os conhecimentos prévios que demonstram ter sobre letramento multimodal crítico, os usos que fazem dos livros didáticos e a inserção em suas aulas dos preceitos teóricos da multimodalidade, após participarem de uma experiência de formação continuada. Entendemos o letramento multimodal crítico como um conjunto de usos e práticas sociais que envolvem a leitura e a escrita multimodais, atravessados por discursos e ideologias que têm como consequência a possibilidade de empoderamento social, engajamento afetivo, o que pode resultar em uma postura crítica do sujeito diante dos textos multimodais lidos e vistos. O referencial teórico sobre multimodalidade, letramento multimodal crítico e formação docente foi composto, principalmente, por: Callow (2008); Kress e van Leeuwen ([1996] 2006); Newfield (2011); Janks (2012); Gimenez (2016); Celani (2010); Tardif (2010); Clot e Faïta (2016); Bakhtin (2003). A metodologia empregada foi o quadro metodológico da autoconfrontação (CLOT; FAÏTA, 2016), com nuances de pesquisa-ação (THIOLLENT, 2008), em que desenvolvemos uma formação docente continuada com aplicação de questionários de sondagem para os oito professores colaboradores, dos quais três se voluntariaram para serem os protagonistas das autoconfrontações, realizadas antes e depois da formação. Cada protagonista lecionava uma língua distinta na escola colaboradora: uma docente de Espanhol, um de Inglês e uma de Português. Os resultados indicam que: a) antes da formação continuada, os docentes já empregavam alguns preceitos da multimodalidade, embora de maneira superficial e sem aporte teórico aprofundado; b) após a formação continuada, os professores protagonistas passaram a ressignificar o uso das prescrições do livro didático e a desenvolver práticas de letramento multimodal crítico com ênfase à leitura de imagens, contemplando-se as dimensões afetiva, composicional e crítica; c) com o quadro metodológico da autoconfrontação, os professores protagonistas, por meio da exotopia e da alteridade (BAKHTIN, 2003), passaram a refletir sobre as práticas de letramento em sala de aula e demonstraram iniciar o processo de tomada de consciência e de desenvolvimento profissional. Percebemos que a formação continuada, associada ao quadro da autoconfrontação, mostrou-se frutífera para o início do processo de desenvolvimento profissional dos professores de línguas materna e estrangeira. |