Juventudes, efeitos e linguagem: o saber discursivo e a formulação de sentidos sobre o amor a partir da fala de jovens acadêmicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Moraes, Magna Maricelle Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=88059
Resumo: Objetiva entabular uma discussão em torno do saber discursivo (domínio do interdiscurso) e da formulação de sentidos (domínio do intradiscurso) no que diz respeito ao tema do amor, considerado como objeto do discurso, desde a análise da fala de jovens acadêmicos. Nosso propósito, em outras palavras, é buscar compreender como são construídos sentidos acerca do amor a partir de entrevistas com jovens de dois cursos de graduação da Universidade Federal do Ceará-UFC – graduação em Economia Doméstica e em Letras –, além de delinear uma análise acerca de sentidos constitutivos de uma memória discursiva sobre o amor. Por nos comprometermos com os pressupostos teórico-metodológicos da Análise do Discurso de Linha Francesa, o amor aqui é pensado enquanto resultado de processos históricos de significação que se efetivam no e pelo sujeito falante, por conseguinte, é tomado como um objeto discursivo. Com base nesses pressupostos, trabalhamos com as categorias juventudes, amor e discurso (interdiscurso e intradiscurso). A primeira categoria é pensada à luz de estudiosos como Bourdieu (1983), Abramo (1994), Ariès (1981), Pais (2003; 2005; 2012), Groppo (2000), mais voltados para a área da Sociologia e da Educação, além de pensadores ligados ao campo da História, como Leuchtenburg (1976) e Hobsbawm (1995). O tema do amor é delimitado com base na obra de autores como o historiador suíço Rougemont (2003); nas reflexões dos escritores e ensaístas Paz (1994) e Bruckner (2011); em considerações advogadas por Luhmann (1991) e nas ideias propostas pela historiadora brasileira Del Priore (2012) e por Chauí (1991), além de postulados teóricos propostos pelos sociólogos Giddens (1993) e Bauman (2001; 2004). Ainda no que diz respeito ao tema, fazemos uma imersão em textos de autores consagrados na área da Literatura, sejam os de origem européia, americana ou brasileira, como Shakespeare, Jack Kerouac, Nelson Rodrigues, Adélia Prado, entre outros, além de referências à Música Popular Brasileira e à arte cinematográfica. A última categoria – o discurso (interdiscurso e intradiscurso) – configura-se como um postulado da AD, que aqui é vista a partir do viés teórico-metodológico proposto por Orlandi (2002). Como resultados, concluímos que os discursos dos jovens acadêmicos ora tendem a pôr em evidência aspectos negativos que singularizariam as transformações ocorridas no contexto das relações amorosas; ora, ao contrário, ressaltam aspectos positivos dessas mudanças. Os primeiros seriam, na perspectiva discursiva dos/das jovens, a instabilidade, o descompromisso com o outro, o desapego, a ausência de amor “verdadeiro”; enquanto os positivos estão diretamente relacionados com os avanços no tocante à liberdade de expressão da mulher e das minorias sexuais marginalizadas, por eles/elas considerados.&nbsp;<div>Palavras-chave: Juventude. Amor. Discurso.</div>