Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Fontenele, Maria Marcia Farias Trajano |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=85371
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Resumo: |
As causas perinatais constituem um importante problema de saúde pública no Brasil, sendo necessários mais investimentos para aumentar o acesso e a qualidade da atenção prestada à gestante e ao recém-nascido no nascimento e na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN). Dessa forma, várias tecnologias têm sido difundidas com o objetivo de otimizar a assistência nos centros perinatais, a exemplo do SNAPPE II (Score for Neonatal Acute Physiology Perinatal Extension II), que mostra de maneira objetiva a gravidade dos recém-nascidos e que tem sido utilizado como uma importante ferramenta da gestão nas UTIN. Esse estudo analisou o escore de gravidade SNAPPE II como preditor de óbito na UTIN da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, no município de Fortaleza. Delineou-se estudo prospectivo, longitudinal de base hospitalar com população composta por todos os recém-nascidos que na primeira admissão na UTIN permaneceram internados por, no mínimo, 12 horas, excluindo aqueles com malformações congênitas maiores, os nascidos fora da maternidade do estudo e os recém-nascidos transferidos para outros hospitais, resultando em 247 neonatos. A coleta dos dados foi realizada de novembro de 2016 a junho de 2017, com a utilização de um questionário obtido a partir dos dados do prontuário do neonato, sendo o desfecho considerado o óbito na UTIN. Foram realizadas: análise descritiva por intermédio das frequências absolutas e relativas, medidas de tendência central e de dispersão; curva ROC para a obtenção do ponto de corte do escore para mortalidade; análise bivariada e a regressão logística múltipla. Após a análise dos dados observou-se que o SNAPPE II foi um bom preditor de óbito, com ponto de corte para mortalidade de 27 e AUC (Área Abaixo da Curva) 0,892. A mortalidade foi diretamente proporcional aos graus de pontuação do escore. Observou-se maior concentração da população na pontuação entre 10-19 com 30,4% e predomínio da mortalidade no período neonatal com 81%. Após o ajuste entre os níveis hierárquicos do modelo de determinação do óbito na UTIN, as variáveis que compuseram o modelo final da regressão múltipla foram: sepse categoria SIM (OR 10,68; IC95%: 2,82-40,48; p 0,00), SNAPPE II categoria ≥ 27 (OR 5,85; IC95%: 1,91-18,05; p 0,002), peso de nascimento categoria 750g-999g (OR 4,15; IC95%: 1,08-16,14; p 0,04) e não uso do surfactante (OR 0,15; IC95%: 0,04-0,53; p 0,003). Todas as variáveis do modelo final compuseram o nível proximal, sinalizando a necessidade de implantação de medidas padronizadas baseadas em evidências. A utilização do escore de gravidade SNAPPE II nas unidades neonatais configura-se em uma das estratégias de cuidado integral de qualidade na atenção perinatal visando a melhorar a assistência aos recém-nascidos e a reduzir a mortalidade infantil hospitalar. Palavras-chave: Mortalidade infantil. SNAPPE II. Índice de gravidade de doença. |