Análise das ferramentas de gestão de custos na área da saúde suplementar: estudo de caso da Unimed de Fortaleza de 1996 a 2001

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Gurgel Filho, Nicanor
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=23668
Resumo: <span style="font-style: normal;">A análise das ferramentas de gestão de custos na área de saúde suplementar é apresentada na forma de estudo de caso da Unimed de Fortaleza. A eficiência das ferramentas Fator Moderador (FM) e Rede Referenciada (RR) é testada quanto à sua capacidade de racionalizar o uso do sistema de saúde, se contrapondo às falhas de mercado inerentes a este setor, tais como a seleção adversa e o risco moral (</span><em>moral hazard</em>). Como resultados do uso de FM demonstrou-se que a aplicação dessa ferramenta após a 4ª consulta tem eficiência questionada já que supre as necessidades normais da população de 2,5 consultas por ano, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), restringindo sua atuação aos usuários hipocondríacos, pouco sensíveis as medidas restritivas, e aos afetados pelo risco moral. A taxa de 20% parece ser o limite mínimo ideal, já que os FM de 10 e 15% não afetaram a demanda de forma substancial. O uso do FM parece ser mais efetivo na população de rendas menores e independente do nível de educação da população de usuários. A eficiência da RR apesar de evidenciada matematicamente, merece ponderação pelas insatisfações dos usuários e dos prestadores de serviços. Os fatores críticos de sucesso mais importantes são a não premissa de autogeração de exames complementares, implicando queda drástica na solicitação de exames, a negociação de "pacotes" para os procedimentos cirúrgicos mais frequentes com a rede ociosa de hospitais, a preços reduzidos, e o livre acesso ao médico, mantendo o usuário em consulta médica regular, tanto de caráter preventivo como curativo. A eficiência das ferramentas foi comprovada, mas com efeitos financeiros apenas imediatos. Depois de determinado período, pela propriedade do setor de criar sua própria demanda, é de se esperar que essas ferramentas se forem obsoletas. As ferramentas mais eficientes e duradouras devem partir de uma conscientização dos profissionais envolvidos. Como saída para a crise que se acentua, são sugeridas a criação de um sistema de acreditação e garantia da qualidade dos serviços de saúde públicos e privados; criação de uma agência independente de avaliação das tecnologias da saúde, que produza material de avaliação das atuais e novas tecnologias; difundir a medicina baseada em evidência de forma intensiva; incluir no currículo acadêmico módulo de economia da saúde; profissionalização dos gestores de hospitais, clínicas, laboratórios e operadoras de planos de saúde.<br/>