Por uma Pedagogia Decolonial: uma análise de narrativas autobiográficas de docentes negras e negros da comunidade Quilombola da Base em Pacajus – CE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Alexandre Cezar Da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=106317
Resumo: O ensino e aprendizagem são marcados pelo estabelecimento de relações entre os indivíduos. Parte dessas relações é marcada por vínculos e nexos raciais, os quais podem gestar ligações positivas e de pertencimentos ou representar violências e morte. Ao partirmos dessa concepção é possível inferir que mesmo a educação em seus moldes formais não se distancia dessa dicotomia e deve posicionar-se politicamente frente ao racimo. Balizados nessa concepção, apresentamos na presente pesquisa o seguinte objetivo geral: compreender aspectos de uma pedagogia decolonial por meio da análise de narrativas autobiográficas de docentes da Comunidade de Remanescentes Quilombolas da Base acerca de suas experiências raciais. Ao trabalharmos com as experiências raciais de professoras negras e professores negros a pesquisa não ficou retida simplesmente à escola, permitindo-nos conhecer a origem da Comunidade de Remanescentes Quilombolas da Base em Pacajus e um pouco da relação desta com a educação. Além disso, durante o presente trabalho, foi problematizada a educação tendo como base a colonialidade do poder, do ser e do saber (MIGNOLO, 2006). Em oposição a essa concepção, nossa pesquisa buscou revelar a existência de uma pedagogia decolonial (WALSH, 2013), a qual se sustem em saberes originários da própria comunidade de remanescentes quilombolas. Na concepção de Gomes (2017), esses saberes tem uma base identitária, política e corpórea. Ao longo da presente pesquisa, dar-se-á ênfase à ética e aos cuidados necessários ao trabalharmos com narrativas autobiográficas de negras e negros docentes, pois tais narrativas revelam episódios dolorosos. Por fim, destacamos o período pandêmico que enfrentamos, o qual requereu cuidados especiais. Tendo em vista que a comunidade é uma área vulnerável, o trabalho realizado superou todas as nossas expectativas ao revelar novos caminhos e possiblidades de pesquisas.