Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
ALMEIDA, LÍVIA MENDES DE |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82851
|
Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo ocasionada por</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">infecção, principalmente por bactérias, levando a um quadro de inflamação</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">sistêmica. Lectinas de leguminosas, proteínas que se ligam reversível e especificamente</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">a estruturas glicanas, possuem ação anti-inflamatória, o que sugere sua interferência na</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">sepse. Este trabalho objetivou avaliar o efeito da lectina de Lonchocarpus</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">araripensis (LAL) sobre parâmetros inflamatórios e de disfunção vascular induzidos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">pela sepse em ratos. Ratos Wistar (200-300 g) foram manipulados de acordo com os</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">princípios éticos (CEUA/UECE N° 46808261/2015) e tratados 30 min antes</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">com a LAL (0,01; 0,1 e 1 mg/kg: e.v.) para avaliação dos parâmetros de inflamação</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">(edema, migração celular e mediadores); disfunção vascular (contração; relaxamento de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">aorta); hemostasia (agregação plaquetária; coagulação). A sepse foi induzida pela</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">técnica de ligadura e punção do ceco (CLP) por meio de dez perfurações com agulha</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">estéril (18 G). Os animais controle (VS.) foram submetidos à laparotomia</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">e receberam salina estéril. Após 24 horas foram coletados: fluido peritoneal para</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">contagem total (câmera de Neubauer) e diferencial (H&E) de leucócitos, dosagem de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">MDA (TBARS), MPO (Bradley), NO (Griess), IL-6, IL-1 e IL-10 (ELISA); sangue</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">para testes de coagulação (TP e TTPA) e agregação plaquetária; aorta para análise da</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">reatividade vascular ao vasoconstrictor Phe (10-8 a 10-5 M) e ao vasorelaxante ACh (10-</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">8 a 10-5 M) (em câmara para órgão isolados). Em todos os modelos a participação do</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">domínio lectínico foi investigada pela incubação da LAL com o açúcar ligante</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">(GlcNAc: 1 h) antes dos protocolos. Os resultados foram expressos como Média ±</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">E.P.M e analisados por ANOVA e teste de Bonferroni (n=5-7; p<0,05). O prétratamento</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">de ratos não sépticos com LAL não inibiu o edema de pata induzido por</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">dextrana (300 μg), mas reduziu em todas as doses aquele induzido por carragenana (300</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">μg), voltando aos valores basais (3-5 h) na maior dose. LAL inibiu a migração de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">leucócitos totais (44%) induzida por carragenana, principalmente a de neutrófilos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">(83%). LAL per se (0,1-100 μg/ml) induziu o relaxamento em aorta endotelizada, sendo</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">máximo na dose de 100 μg/ml. O relaxamento induzido por LAL (30 μg/ml) foi abolido</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">pela incubação prévia do tecido com inibidores farmacológicos: atropina - receptores</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">muscarínicos (1 μM;), ODQ - guanilato ciclase (1 μM), L-NAME - NOS (100</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">μM); ou TEA - canais de potássio (5 mM), e parcialmente revertido por indometacina -</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">ciclooxigenase (10 μM). O efeito da LAL foi revertido in vivo e in vitro pela associação</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">7</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">com GlcNAc. No modelo de sepse, a LAL reduziu a taxa de mortalidade (28%) e os</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">parâmetros inflamatórios, 24 h após a indução: leucócitos totais (43%) e neutrófilos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">(39%); níveis de MDA (63%), MPO (79%), NO2</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">- (100%), IL-6 (78%) e IL-1β (70%),</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">enquanto aumentou os de IL-10 (43%) em comparação com a salina. A disfunção</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">vascular induzida pela sepse reduziu a resposta contrátil da aorta à Phe (10-4) em 1,6x;</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">resposta relaxante à ACh reduzida em 31% (10-7 M), 63% (3x10-6 M) e 58% (10-5 M),</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">sendo revertida pela LAL retornando a resposta relaxante aos valores basais e</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">recuperando a resposta contrátil da Phe em 77% (10-7 M), 75% (3x10-7 M) 70% (10-6</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">M), 62% (3x10-6 M) e 55% (10-5 M). O risco de sangramento (TP) induzida pela CLP</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">foi reduzida pela LAL em 1,6 vezes. Conclui-se que a lectina de L. araripensis</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">apresenta resposta anti-inflamatória de natureza celular e vasorelaxante, envolvendo o</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">domínio lectínico em ratos não sépticos e melhora o quadro inflamatório, a disfunção</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">vascular e o risco de sangramento após 24 h da indução da sepse no modelo de CLP.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-Chave: Lectina de Lonchocarpus araripensis. Sepse. CLP. Inflamação.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Disfunção vascular.</span></font></div> |