Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Holanda, Lara Liliane |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=101126
|
Resumo: |
Esta pesquisa busca investigar, a partir da teoria da carnavalização bakhtiniana, a representação alegre da morte na série televisiva Pé na cova, levando em consideração as categorias da cosmovisão carnavalesca presentes na narrativa de episódios da série em destaque. Para isso, baseamo-nos teórica e metodologicamente nos estudos dialógicos bakhtinianos, mais especificamente em Bakhtin (1987; 2002; 2011; 2015; 2018) e em intérpretes do seu pensamento, como Brait (2013; 2016), Paula e Stafuzza (2010), Fiorin (2018) e Renfrew (2017). Em relação aos estudos culturais sobre a história da morte, fundamentamo-nos em Àries (2003) e Reis (1991), e sobre a história do riso, em Minois (2003). Para organizar metodologicamente a pesquisa, além da vinheta que abre a série com a canção e com os elementos verbo-visuais que a constituem, decidimos, na organização do corpus, eleger episódios da primeira temporada da série Pé na cova, a fim de analisar, com base nas categorias da cosmovisão carnavalesca (o contato familiar, a excentricidade, as mèsaliances e a profanação), os elementos da narrativa, como enredo, tempo-espaço (cronotopo) e personagens a partir de recortes das cenas do referido seriado televisivo. A partir de nossa investigação, podemos perceber que Pé na cova está inserida em um universo carnavalizado devido ao seu enredo paródico-carnavalesco, ao seu cronotopo carnavalizado com ares de praça pública em um tempo alegre e cíclico e à construção de personagens grotescos e ambivalentes, constituídos, sobretudo, em pares cômicos típicos do carnaval. Além disso, a relação desses elementos com as quatro categorias da carnavalização, propostas por Bakhtin, reflete uma representação familiar, cômica e carnavalizada da morte na série ao relacionar e aproximar, por meio do riso, o viver e o morrer no momento exato da mudança e da transformação, bem diferente da representação tradicional que temos no Ocidente. |