Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Sara Gemima Colares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=108052
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Resumo: |
<div style="text-align: justify;"><div>Essa pesquisa foi desenvolvida com a proposta de fazer uma análise do discurso a partir de uma</div><div>perspectiva interdisciplinar abarcada pela Linguística Aplicada. Os objetivos são examinar e</div><div>interpretar a forma como mulheres que transitam no universo da política são representadas</div><div>discursivamente em mídias hegemônicas, aqui representadas pelas revistas semanais IstoÉ e</div><div>Veja, bem como avaliar se a construção identitária empreendida pelas publicações exibe traços</div><div>de ideologias sexistas. O arcabouço teórico acerca do feminino, gênero e discurso é oriunda de</div><div>várias áreas científicas, como Butler (2003), Ferreira (2005, 2009, 2010, 2017), Bolen (1990),</div><div>Fairclough (2001, 2003), Chouliaraki e Fairclough (1999), Brait (2013), para embasar</div><div>teoricamente uma análise verbo-visual de quatro capas de revista estampadas por</div><div>personalidades atuantes na política brasileira na segunda década do século XXI. Assim, partese</div><div>do enquadre mais recente da Análise Crítica do Discurso para orientar a análise verbal,</div><div>proposta metodológica de onde provêm as categorias analíticas, representação dos atores</div><div>sociais e avaliação, alocadas nos significados representacional e identificacional,</div><div>respectivamente. Utilizamos as releituras das teorias do Círculo Bakhtiniano (BRAIT, 2013;</div><div>GUEDES; GONÇALVES; GONÇALVES, 2015) como base para interpretação dos aspectos</div><div>visuais. Assim, a partir da interpretação dos dados e dos significados, atribuímos uma categoria</div><div>de identidade social a partir de duas dicotomias que se diferencia pela construção identitária</div><div>conforme representado pelo veículo midiático (feminilidade e feminilitude; deusas virgens e</div><div>deusas vulneráveis) (FERREIRA, 2005, 2009, 2010, 2017; BOLEN, 1990). O questionamento</div><div>norteador foi verificar se a prática social midiática é um dos elementos em uma rede de práticas</div><div>sociais que atua para reforçar e contribuir para a continuidade do senso comum de que o</div><div>ambiente doméstico é o natural da mulher e que contribui para a ínfima representação política</div><div>apresentada no Brasil contemporâneo. As considerações apontam para a valorização da mulher</div><div>que assume a posição ideal conforme a lógica patriarcal e, igualmente, a desvalorização</div><div>daquelas que não se encaixam nesse perfil, isto é, adotam uma conduta considerada masculina.</div><div>No entanto, as críticas orbitam em torno dos estereótipos negativos relacionado à conduta</div><div>naturalizada como inerentemente feminina, como descontrole emocional, inflexibilidade ao</div><div>negociar e/ou desonestidade, atribuindo a esses atributos as causas de mau ou baixo</div><div>desempenho político.</div></div> |