Política de assistência social e povos indígenas: um estudo sobre o trabalho social com famílias realizado nos CRAS Indígenas que atendem as etnias Potiguary e Jenipapo-Kanindé na região metropolitana de Fortaleza - CE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sousa, Valdênia Lourenço de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82882
Resumo: <div style="">Esta pesquisa de dissertação teve por objetivo analisar como se materializa a política de assistência social em territórios indígenas. Para tal, realizamos pesquisa bibliográfica sobre as categorias questão indígena, política de assistência social e trabalho social com famílias; e pesquisa de campo no CRAS Indígena Lagoa Encantada, que atende a etnia JenipapoKanindé, em Aquiraz-CE e no CRAS Indígena que atende a etnia Pitaguary, em MaracanaúCE. A materialidade da referida política foi analisada, ainda, por meio das técnicas de observação e entrevistas semiestruturadas realizadas com os/as trabalhadores/as sociais do PAIF (profissionais de nível superior), usuários/as e lideranças indígenas. A pesquisa de campo e bibliográfica nos provocou a necessidade de nos apropriarmos das normativas e orientações da assistência social; produções municipais como: diagnósticos socioterritorias, planos municipais, dados do Cadastro Único; bem como de legislações e documentos que tratam da questão indígena. Esse trilhar metodológico nos possibilitou perceber inúmeras nuanças da concretização desta política em terras indígenas. Identificamos que o ranço histórico, social e cultural da formação da sociedade brasileira se reedita na atualidade em perspectivas estereotipadas sobre essas etnias, que são permeadas por refrações da questão social, suscitando ações estatais, dentre as quais destacamos a política de assistência social. Embora compreendamos que, sobre a ordem do capital, não se é possível sanar as expressões da questão social; constatamos que o trabalho social com famílias se apresenta como possibilidades frente às manifestações dessas desigualdades sociais que, não de forma messiânica, mas concreta e objetivada, agem na busca pela garantia de direitos junto ao público demandatário. Esta política, por outro lado, foi evidenciada de maneiras distintas nas duas Terras Indígenas (TI) pesquisadas, situação que apresenta a necessidade de lançá-la como prioridade política municipal, no sentido de imprimir os princípios e diretrizes do SUAS em seu financiamento, estruturação e práxis. Estes trabalhos sociais possuem finalidades e intencionalidades que em áreas indígenas requer um direcionamento ético, político e com uma leitura social e cultural da realidade em que realizam suas práxis. Assim, identificamos que os instrumentos e técnicas utilizados pelos profissionais são similares aos das demais unidades do SUAS sem especificação indígena, mas que seu direcionamento étnico e social são basilares para a realização adequada dessa práxis.&nbsp;</div><div style="">Palavras-chave: Questão indígena. Política de assistência social. Trabalho social com famílias indígenas.</div>