Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Neves, Sherida da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=75153
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Resumo: |
A dificuldade básica em estudos epidemiológicos sobre dieta e doença são as medições da ingestão alimentar em longo prazo. Geralmente os dados alimentares são obtidos por meio de questionário de frequência alimentar (QFA) estruturados, os quais tendem a erros importantes, que implicam em substancial perda de poder estatístico, e vieses na estimativa do risco relativo, como medida de associação entre dieta-doença. A fim de aumentar o poder do teste são necessários procedimentos metodológicos cuidadosamente planejados que garantam a confiabilidade e precisão aos dados. Nesse sentido são desenvolvidos os estudos de validação. A validação é um procedimento que avalia se um instrumento de medição mede aquilo a que se destina a medir. Verifica o grau com que é capaz de medir a dieta dos indivíduos estudados. Este estudo pretende adaptar e validar um QFA para adolescentes. Foram incluídos os adolescentes que não estivessem em dietoterapia com consumo diário entre 500 e 7000 kcal. O instrumento foi adaptado a partir da verificação do consumo de 20 adolescentes, tendo alimentos incluídos e excluídos. Coletaram-se três recordatórios de 24 horas dos participantes, sendo um do final de semana e um questionário de frequência alimentar. Realizou-se o ajuste dos nutrientes pela variabilidade intra e interpessoal e pela energia. Compararam-se as médias de consumo. Para isso, utilizou-se o teste t de Student ou Mann-Whitney. Foram calculados os coeficientes de correlação (Pearson ou Sperman). Categorizou-se o consumo de energia e nutrientes em quartis de ingestão e verificou-se a concordância para os dados agrupados pela estatística Kappa. A concordância dos dados dispersados foi verificada pelo teste de Bland e Altman. Os dados foram processados no EPI-INFO versão 3.5.2. A amostra contou com 95 adolescentes. Observou-se elevada frequência de excesso de peso (43,2%), apesar de a maioria ser eutrófica (57%). Verificou-se que o excesso de peso é estatisticamente maior entre os meninos pelo teste exato de Fisher-Freeman-Halton. O QFA superestimou a energia bruta e todos os nutrientes brutos e ajustados, exceto a vitamina A e a energia ajustada. Para o sexo feminino, se correlacionam os valores brutos e ajustados de vitamina C, enquanto no sexo masculino, os valores ajustados de fibra, cálcio e colesterol. Outros nutrientes, não mostraram correlação. Por meio da concordância para dados agrupados, verificou-se fraca concordância apenas para o cálcio. Segundo a concordância para dados dispersados, constatou-se que foram concordantes a energia e os nutrientes: fibra, colesterol, cálcio, ferro e vitamina A. O único nutriente que mostrou algum grau de concordância para ambas as estatísticas foi o cálcio. A correlação e a concordância para os dados agrupados não ocorre nesse estudo. Apenas verifica-se concordância com a visualização dos dados dispersados e para fibra, colesterol, cálcio, ferro e vitamina A. O cálcio é o único que mostra concordância por ambos os métodos, mesmo que fraca. Portanto, o QFA não pode substituir o método padrão. A estratificação dos adolescentes por estado nutricional, sexo e idade pode ser necessária para encontrar correlações mais relevantes. <div>Palavras-chave: Epidemiologia Nutricional; Validação; Questionário de Frequência Alimentar; Adolescentes. </div> |