Qualidade de vida dos pacientes idosos com doença renal crônica em tratamento dialítico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Carneiro, Rithianne Frota
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=107540
Resumo: A doença renal crônica (DRC) é considerada um problema de saúde pública mundial. O aumento da prevalência de DRC ocorre, principalmente devido a HAS, DM e obesidade. No Brasil, segundo o último censo de diálise, estima-se que cerca de 10 milhões de brasileiros possui alguma disfunção renal e, aproximadamente, 144 mil estão em terapia renal substitutiva (TRS) no país, sendo 92% deles em hemodiálise (HD). Assim, melhorar a qualidade de vida e a sobrevida do paciente no estágio avançado da DRC, como assim prevenir e diminuir as complicações da TRS, têm sido preocupações frequentes entre profissionais de saúde. Logo temos como objetivo, avaliar a qualidade de vida do idoso com DRC em tratamento de hemodiálise, buscando conhecer o perfil epidemiológico e clínico. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo. A pesquisa foi realizada entre novembro de 2020 a fevereiro de 2021, nos serviços de diálise de quatro clínicas de referência situadas em Fortaleza-Ceará. A amostra foi composta por 151 idosos. Foram encontrados na sua maioria por homens (58,9%) com prevalência na faixa etária entre 66 e 70 anos, com predomínio de indivíduos casados, de cor da pele branca. Os pacientes em sua maioria apresentavam tempo em tratamento de diálise entre 2 e 10 anos (83%) e tempo de diagnóstico de doença renal até 5 anos. Quanto ao perfil clínico dos idosos com DRC submetidos à hemodiálise IMC apresentou média de 26,03 kg/m² (dp=4,55). Na análise da qualidade de vida, o componente que apresentou maior valor médio do escore ajustado foi o SAÚDE MENTAL, 73,35, e o menor foi Limitação Emocionais, 24,94. As percepções dos pacientes DRC sobre qualidade de vida estão associadas a duas abordagens principais: limitações físicas e emocionais que a TRS interfere. O estudo evidenciou que não há um preparo eficiente no contexto comportamental e emocional para adaptação dos pacientes à sua nova condição de vida, em que ele possa explorar todas as possibilidades de enfrentamento e cuidado de sua doença crônica. Ressalta-se a importância da transversalidade da saúde na qual a atuação do profissional não pode limitar-se apenas aos cuidados clínicos.