Saúde mental na comunidade: a terapia comunitária como dispositivo de cuidado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Arruda, Amália Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=67579
Resumo: O estudo trata sobre a Terapia Comunitária (TC), como dispositivo de cuidado na rede básica, tem como objetivos: analisar o projeto terapêutico comunitário no contexto da equipe de Terapia Comunitária (TC); descrever a medicamentalização/medicalização como estratégia de cuidado na saúde comunitária; discutir o fluxo de atenção na TC e a articulação com as intervenções substitutivas; identificar saberes e práticas para a promoção do cuidado na TC. A trajetória metodológica fundamentou-se na abordagem qualitativa, dentro de uma perspectiva crítica. Utilizaram-se, como técnicas de coletas de dados, a entrevista semiestruturada, o grupo focal e a observação sistemática de seis terapias. Constituíram os sujeitos do estudo vinte e seis pessoas, distribuídas em três grupos de representação: terapeutas comunitários – 05; usuários entrevistados – 04; usuários dos grupos focais – 17. Os resultados revelam a Terapia Comunitária como uma metodologia de grupo que trata e acolhe o sofrimento em circunstâncias que envolvem violência, luto, depressão, insônia e baixa autoestima, promovendo o acolhimento e a escuta, além da prática coletiva de inclusão social e valorização da diversidade. Também evidenciaram que a terapia possui limites principalmente no tratamento de pessoas com distúrbios mentais severos e de portadores de transtornos ocasionados pelo uso abusivo de álcool e outras drogas, embora possa servir de apoio para essas questões. Quanto à medicalização, o estudo demonstrou que muitos usuários conseguiram reduzir e até mesmo deixar de usar medicamentos controlados com o apoio da TC e de outros serviços terapêuticos como massoterapia, reike, grupos de autoestima, além do atendimento no Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS). A TC vem compondo a rede de saúde mental na atenção básica com comunicação com outros serviços, através de referências, demonstrando necessidade de promoção de diálogo com outros serviços, na busca da integralidade. A principal bandeira da Terapia Comunitária é o acolhimento e outras tecnologias leves, como vínculo, responsabilização e autonomia, caracterizando-se como serviço de promoção da humanização na atenção básica e na saúde mental. Palavras-chave: Terapia comunitária; Rede básica; Saúde mental; Medicalização.