Atividade antiinflamatória, cicatricial e antibacteriana do mesocarpo de babaçu (Orbignya phalerata, Mart.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Barroqueiro, Elizabeth de Sousa Barcelos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=66065
Resumo: <span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);">O objetivo deste trabalho foi realizar a bioprospecção da farinha do mesocarpo dos frutos do babaçu (</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Italic;color:rgb(0,0,0);font-style:italic;">Orbignya phalerata</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);">, Mart) considerando a atividade antibacteriana, a presença de flavonóides e ácidos fenólicos e a toxicidade aguda do extrato etanólico da farinha de mesocarpo de babaçu (EE), bem como a ação antiinflamatória, cicatricial de um produto que utilizou como insumo o mesocarpo de babaçu (PMB). O extrato foi obtido por maceração e apresentou rendimento de 9.8%. A ação antimicrobiana foi avaliada </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Italic;color:rgb(0,0,0);font-style:italic;">in vitro</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);"> por difusão em disco e concentração inibitória mínima (CIM) utilizando cepas padrão (ATCC) de </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Italic;color:rgb(0,0,0);font-style:italic;">Escherichia coli</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);">, </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Italic;color:rgb(0,0,0);font-style:italic;">Pseudomonas aeruginosa</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);">, </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Italic;color:rgb(0,0,0);font-style:italic;">Enterococcus faecalis</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);">, </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Italic;color:rgb(0,0,0);font-style:italic;">Staphylococcus aureus</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);"> e uma cepa hospitalar de </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Italic;color:rgb(0,0,0);font-style:italic;">Staphylococcus aureus</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);"> meticilino-resistente (MRSA) com duas concentrações de EE (250 e 500 mg/mL). A atividade antimicrobiana </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Italic;color:rgb(0,0,0);font-style:italic;">in vivo</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);"> foi avaliada em camundongos Swiss submetidos à sepse por ligadura e perfuração cecal (CLP), tratados com duas doses de EE (125 e 250 mg/Kg), por via subcutânea, 6 horas após a indução de sepse. Nesses animais também foi avaliado: a sobrevida; nº de células linfóides; nº de unidades formadoras de colônias (UFC) e a concentração de TNF</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Symbol;color:rgb(0,0,0);">&#945;</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);"> e IL-6, que foi determinada por ELISA. A presença de flavonóides e ácidos fenólicos foi determinada por cromatografia. A toxicidade aguda foi avaliada após tratamento oral com as doses de 1000, 3000 e 5000 mg/Kg de EE. A atividade antiinflamatória e cicatricial foi avaliada em camundongos tratados topicamente com um produto que teve como principio ativo o mesocarpo de babaçu (PMB). O EE nas duas concentrações testadas apresentou ação bacteriostática para </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Italic;color:rgb(0,0,0);font-style:italic;">E. faecalis, S. aureus</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);"> e MRSA, com CIM de 31,2 mg/mL para </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Italic;color:rgb(0,0,0);font-style:italic;">S.aureus</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);"> e MRSA e 7,8 mg/mL para </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Italic;color:rgb(0,0,0);font-style:italic;">E. faecalis. </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);">Por outro lado o EE não foi ativo para </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Italic;color:rgb(0,0,0);font-style:italic;">E.coli </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);">e </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Italic;color:rgb(0,0,0);font-style:italic;">P. aeruginosa.</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);"> Nos animais com CLP o tratamento com EE aumentou em 40% e 60% a sobrevida, dependendo da dose. Nos grupos tratados com EE ocorreu redução da produção de TNF</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Symbol;color:rgb(0,0,0);">&#945;</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);"> e IL-6, mesmo não havendo variação nos valores de UFC. Os ácidos fenólicos (55%) e flavonóides (1%) foram detectados no extrato. Embora tenha ocorrido aumento na concentração de fosfatase alcalina e redução na concentração sérica de uréia os demais parâmetros de toxicidade não foram alterados pelo tratamento com elevadas doses do EE. O PMB apresentou efeito antiinflamatório, mas não alterou o tempo de cicatrização. Concluímos que o EE possui atividade bacteriostática específica para </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Italic;color:rgb(0,0,0);font-style:italic;">S.aureus</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);">, MRSA e </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Italic;color:rgb(0,0,0);font-style:italic;">E. faecalis</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);"> e importante ação na sepse, ao reduzir a mortalidade, possivelmente devido a presença de ácidos fenólicos e flavonóides. Sugerimos que esses efeitos estão relacionados à ação imunomoduladora do extrato na inflamação, o que pode estar relacionado a eficácia do produto como anti-inflamatório. Palavras-chave: </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Italic;color:rgb(0,0,0);font-style:italic;">Orbignya phalerata</span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:11.9965pt;font-family:Times-Roman;color:rgb(0,0,0);">, mesocarpo de babaçu, atividade antimicrobiana, sepse, inflamação, cicatrização. </span>