Vitrificação de oócitos de “Felis catus” em sistema simplificado e de baixo custo: um modelo alternativo de base para aplicação na conservação de felídeos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cavalcante, Mariana Mendonca Maia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=99110
Resumo: Foram desenvolvidas várias técnicas para conservação de recursos biológicos como estratégia para a manutenção da biodiversidade e variabilidade genética, especialmente para felídeos selvagens ameaçados de extinção. Uma das técnicas mais promissoras e que permite uma vasta possibilidade de conservação de recursos genéticos é a vitrificação de oócitos, a qual consiste em submeter os oócitos juntamente com crioprotetores a criotemperaturas até que os mesmos adquiram as propriedades de um sólido. Com o objetivo de diminuir a citotoxicidade de crioprotetores e aprimorar a técnica de vitrificação de oócitos felinos, foi desenvolvido um meio simples para felinos domésticos contendo álcool polivinílico, com subsequente vitrificação de oócitos em hemi-palhetas francesas de 0,25 cc. Após a ovariosalpingohisterectomia (OSH) em clínicas veterinárias de Maceió-AL, os ovários foram colocados em tubos de Falcon contendo soro fisiológico e encaminhados a um laboratório de Alagoas para o procedimento de slicing e recuperação dos complexos cumulus-oócito (COCs) sob estereomicroscópio. Foram recuperados 817 oócitos e foram selecionados para a vitrificação 540 oócitos provenientes de 22 pares ovários de gatas domésticas, sendo vitrificado um total de 249 oócitos (n=249), enquanto que o controle foi composto de 112 oócitos. A vitrificação foi feita transferindo os oócitos para a gota E1 formada por solução de equilíbrio composta por 7,5% de dimetilsulfóxido (DMSO), 7,5% de etileoglicol, 0,1% de álcool polivinílico em meio base de solução de tampão de fosfato salino (PBS). Os oócitos ficaram 30 segundos na primeira gota e depois 4 minutos na segunda gota (E2) também formada por solução de equilíbrio, numa relação oócitos/meio de 10 oócitos/100 μL. Em sequência, os oócitos foram transferidos para a terceira gota (V1) contendo solução de vitrificação, composta de 15% de DMSO, 15% de etilenoglicol, 0,1% de álcool polivinílico e 0,3M de sacarose. Os oócitos permaneceram na terceira gota por 2 minutos. 150 oócitos foram desvitrificados e destes, 48 oócitos (32%) foram considerados viáveis e 102 oócitos (68%) foram classificados como não viáveis ao passo que 53 (47,32%) oócitos do grupo controle foram considerados não-viáveis e 59 (52,67%) oócitos foram classificados como viáveis. O meio de vitrificação desenvolvido no presente estudo obteve êxito similar a meios menos enriquecidos encontrados na literatura. Entretanto, mais estudos são necessários para a avaliação de outras taxas importantes, como a taxa de maturação oocitária, taxa de fecundação, taxa de clivagem e taxa de formação de blastocisto.