Ações educativas junto as mães de bebes de risco: subsídios para o cuidado clínico do enfermeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Magalhães, Simone da Silveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=75332
Resumo: O cuidado aos bebês de risco e o envolvimento familiar neste contexto é realidade no cotidiano do enfermeiro como educador em potencial, que deve desenvolver ações educativas junto às mães/membros familiares, contribuindo para o fortalecimento da autonomia destas pessoas, constituindo aspectos do cuidado clínico de enfermagem. Estudo qualitativo com abordagem etnográfica focada, seguindo os objetivos: identificar necessidades das mães dos bebês de risco em relação à pratica educativa direcionada ao cuidado com os filhos, focando a perspectiva para as mães adolescentes; descrever expectativas e sentimentos das mães na vivência com os filhos em unidades especializadas e o seu desejo de aproximar-se do cuidado como oportunidade de aprendizagem; compreender a prática educativa com as mães adolescentes que acompanham os filhos em unidades especializadas com origem nas necessidades de cuidado com eles, vivenciadas nos grupos educacionais. Estudo fundamentado em princípios da Pedagogia Libertadora e Dialógica e tendo o pressuposto de que a prática educativa é um componente essencial do cuidado às mães de bebês de riscos acompanhados em unidades especializadas. A pesquisa foi desenvolvida no período de abril a outubro de 2012 em dois locais de um hospital terciário da rede pública do Estado do Ceará: unidade neonatal e ambulatório de seguimento de prematuros. Iniciou-se a coleta de informações por meio da observação participante e da realização de nove encontros grupais na unidade neonatal com mães e acompanhantes de bebês internados tendo aproximadamente 12 participantes por grupo. Para estimular os diálogos, utilizou-se vídeos relacionados às temáticas suscitadas pelos participantes nos encontros iniciais. As informações foram completadas com oito entrevistas individuais realizadas com mães adolescentes que tiveram filhos internados na unidade neonatal e naquele período estavam acompanhando-os no ambulatório de seguimento de prematuros. As informações coletadas foram organizadas por temáticas apreendidas no universo vocabular destes sujeitos, fazendo parte da codificação/descodificação representadas nas palavras ou termos que traziam o significado do conteúdo expresso nos diálogos com as mães. Assim, emergiram cinco temáticas: Sentimentos vivenciados pelas mães permeados pelo medo, insegurança e o desejo de cuidar; Amamentação - saberes profissionais e a cultura das mães; Família, religiosidade e o compartilhamento em grupo: apoio para a mãe de um bebê de risco; Vínculo com o filho: significados e bem-estar para a mãe e o bebê; Desejo e possibilidades de cuidados maternos nas experiências da unidade neonatal: necessidade de prática educativa pela enfermagem. Notou-se que, além da identificação das necessidades de aprendizagem das mães, nos aproximamos do sentido manifestado por parte de cada ser, que vivenciou momentos de medo, insegurança e o desejo de cuidar, perante o conflito vivido com a internação do filho e a multiplicidade de papéis que assumem. Percebeu-se que a cultura familiar é outro aspecto a ser valorizado no cuidado, que deve transpor o âmbito biológico e o saber técnico-científico. A prática educativa horizontalizada mediada pelo diálogo pode amenizar os sentimentos negativos experienciados pela mãe nesse contexto e promover o “empoderamento” materno para cuidar do filho no domicílio. Palavras-chaves: Mães. Recém-nascido. Enfermagem. Etnografia.