Plantas como agentes bioativos contra o dengue: atividade larvicida e antiviral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Duque, Márcia Maria Mendes Marques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=70951
Resumo: As viroses ocupam posição de destaque como fator causador de doenças em humanos e, em particular, a dengue é considerada a infecção viral transmitida por um vetor artrópode de maior importância em termos de morbidade e mortalidade em humanos. Medidas efetivas de controle e prevenção se tornam prioridade. As plantas são tradicionalmente usadas por populações de todos os continentes no controle de pragas e doenças. Devido á sua diversidade química, elas são fontes de moléculas bioativas com potencial terapêutico. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de óleos essenciais, constituintes isolados e derivados de plantas do Nordeste brasileiro no controle das larvas do Aedes aegypti e como agente antiviral contra o vírus dengue. Para avaliar a atividade larvicida da espécie Tagetes erecta dois compostos foram analisados: o óleo essencial, extraído por hidrodestilação, e compostos tiofênicos larvicidas, isolados por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) do extrato hexânico. O óleo essencial apresentou efetiva ação larvicida contra Ae. aegypti e a maior concentração de tiofenos larvicidas foi encontrada no extrato das raízes e flores. Assim, T. erecta constitui uma fonte de compostos com atividade larvicida contra o Ae. aegypti. Em relação à atividade antiviral, galactomananas extraídas das sementes de Adenanthera pavonina, Dimorphandra gardineriana e Caesalpinea ferrea foram sulfatadas com ácido cloro-sulfônico e submetidas à análise do potencial antiviral contra o DENV-2 em células Vero. O ensaio colorimétrico MTT foi usado para avaliar a citotoxicidade e atividade antiviral dos compostos e o ensaio de fase sólida para verificar a ligação do vírus com a galactomanana. Os resultados mostraram que as galactomananas sulfatadas de A. pavonina, D. gardneriana e C. ferrea possuem potente ação inibitória contra o vírus DENV-2, devido esses compostos interferem na ligação do vírus ao receptor da célula hospedeira. Portanto, esse estudo demonstra o potencial terapêutico das plantas do Nordeste contra o vírus dengue, possibilitando o desenvolvimento de um novo larvicida e uma eficiente droga antiviral, que somados às medidas preventivas vigentes do controle da dengue podem, provavelmente, diminuir os índices da doença. Palavras chaves: Larvicida natural, droga antiviral, tiofenos, óleo essencial, polissacarídeos sulfatados, plantas medicinais