Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Andréa de Melo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=41165
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Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Esta dissertação tem como tema a "Renda Gerando 'Renda': um olhar sobre as rendeiras da Prainha", no Município de Aquiraz-CE. Este estudo trata da análise da atividade de um grupo de rendeiras na confecção da renda de bilros como fonte geradora de renda. Esse grupo de rendeiras continua a fabricar artesanalmente a renda de bilros, resistindo as novas transformações tecnológicas. Para melhor compreensão desse grupo cultural, adotamos a metodologia etnográfica, a pesquisa participativa com observação direta das comunidades visitadas e abordagem qualitativa. Analisamos as atividades das rendeiras, o convívio e organização deste grupo, as tipologias das rendas, a confecção e venda da renda. As entrevistas foram realizadas no Centro das Rendeiras Luiza Távora e na comunidade do Japão, possibilitando identificar e caracterizar as rendeiras e conhecer a história deste grupo de artesās. As rendeiras estão sendo excluídas dos roteiros turísticos, que prestigia o turismo de sol e praia, o que denota uma desvalorização do artesanato cearense. A renda é desvalorizada; os turistas pechincham o preço cobrado, que não remunera de forma justa a força de trabalho das rendeiras. Os cearenses não valorizam a renda confeccionada no Ceará, preferindo as modas lançadas no eixo Sul-Sudeste do País. As rendeiras dependem cada vez mais dos atravessadores porque o grupo não tem condições de vender seus produtos e ainda não despertaram para a organização em cooperativas, como forma de maximizar seus ganhos. A Prainha foi excluída dos roteiros turísticos ocasionando redução das vendas das rendeiras. A renda desse grupo quase na sua totalidade é vendida para os poucos turistas que são levados pelos buggueiros ao Centro das Rendeiras que participam proporcionalmente dos pequenos lucros. A atividade turística poderia valorizar mais o artesanato cearense inserindo esses núcleos culturais nos roteiros oficiais das agências para visitação. O turismo cultural tem nas rendeiras um rico potencial turístico, mas ainda ignorado. Esta ação contribuiria para a preservação dessa arte, da cultura do povo cearense. Os vários comerciantes que compram as peças nos centros rendeiros a preços baixos revendem com grandes lucros, se comparados aos das rendeiras, portanto, apropriando-se do que deveriam ser das produtoras - as rendeiras. </span></font><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Palavras-chave: Turismo cultural, renda e rendeiras.</span></div> |