AÇÕES DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E CONTROLE DO TRACOMA EM ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE RUSSAS-CE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Maciel, Adjoane Maurício Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=87692
Resumo: O tracoma é uma ceratoconjuntivite crônica e recidivante causada pela Chlamydia trachomatis que se mantém como problema de saúde pública e importante causa de morbidade, deficiência visual e cegueira evitável no Brasil. O estudo teve por objetivo analisar as ações de vigilância epidemiológica e controle do tracoma em escolares, no município de Russas-CE. Delineou-se um estudo transversal, procedendo-se a coleta de dados no período de novembro de 2015 a abril de 2016, por meio de uma entrevista realizada nas residências dos 390 escolares diagnosticadas com tracoma durante a Campanha Nacional de 2014, no município de Russas. Também foram coletados dados secundários na Secretaria Municipal de Saúde. Foram definidas duas variáveis desfecho: tratamento do tracoma e controle do tratamento do tracoma, categorizadas como adequado e inadequado. Os escolares portadores de tracoma eram, na sua maioria, de cor parda/negra, oriundos de famílias de baixa renda, residentes na zona rural, morando em casas com abastecimento público de água, porém com acesso precário ao sistema de esgoto público. Em 56,7% dos escolares o tratamento foi considerado adequado e em apenas 5,9% o controle do tratamento foi classificado como adequado, de acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde. No modelo final da regressão logística, as variáveis que permaneceram associadas com o desfecho tratamento do tracoma foram: zona de residência (categoria rural; OR ajustada=1,77; p=0,000) e destino dos dejetos (categoria rede não pública; OR ajustada = 2,86; p=0,004). Com relação ao desfecho controle do tratamento do tracoma, permaneceram associadas as variáveis: zona de residência (categoria rural; OR ajustada=16,78; p=0,042) e compareceu à UBASF para receber tratamento (categoria não comparecimento; OR ajustada=4,15; p=0,000). Foi implantado o Fluxograma de Atenção e Vigilância do Escolar com Tracoma em Russas, Ceará – 2016, que melhorou a compreensão da dinâmica do processo de trabalho para o profissional de saúde no controle do tracoma.<br/>Palavras-chave: Tracoma. Tratamento. Controle de tratamento.