Avaliação da toxidade de diésteres p-metoxicinânmicos extraídos de Copernicia prunifera (Miller) H. E. Moore e dos seus efeitos antioxidantes na viabilidae celular em hepatócitos humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Canabrava, Natalia do Vale
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=97472
Resumo: <div>A Carnaúba (Copernicia prunifera (Miller) H. E. Moore) é uma árvore típica e numerosa no semi-árido brasileiro, com principal ocorrência nos estados de Ceará e Piauí. A cera de carnaúba presente nas folhas da referida árvore é uma das mais importantes ceras vegetais em termos econômicos, industriais, alimentares e farmacêuticas. No entanto, apesar desse produto ser muito utilizado a nível alimentar, a sua toxicidade, efeitos no metabolismo e doenças metabólicas ainda não foram elucidados. Entre os compostos presentes na cera de carnaúba, os ácidos cinâmicos, possuem baixa toxicidade e um amplo espectro de atividades biológicas. Portanto, o presente estudo objetivou avaliar a citotoxicidade, genotoxicidade e toxicidade subcrônica dos diésteres p-metoxicinâmicos extraídos de Copernicia prunifera (Miller) H. E. Moore em modelo animal assim como seu potencial antioxidante em hepatócitos humanos (HepG2). Para tal, foi necessário realizar análises espectroscópicas (infravermelho e ressonância magnética nuclear de H1) para caracterizar o composto encontrado. Além disso, estudos de toxicidade subcrônica, genotoxicidade e mutagenicidade foram realizados em 40 camundongos swiss machos e fêmeas durante 90 dias de ingestão dos diésteres do ácido p-metoxicinâmico extraídos do pó cerífero da carnaúba (PCO-C) na dose de 500 mg/kg de peso. O PCO-C não demonstrou mutagenicidade, efeitos genotóxicos e toxicidade oral subcrônica quando comparado ao grupo que recebeu ciclofosfamida (25 mg/kg de peso) um indutor de mutagenicidade, citotoxicidade. Nesse mesmo estudo, o PCO-C também não demonstrou alterações dos parâmetros bioquímicos, nem na morfologia de rins, fígado, coração, estômago e baço. Os ensaios em hepatócitos humanos mostraram que o PCO-C diminuiu a viabilidade celular a partir da concentração de 250 &#956;g/mL, mas não alterou a expressão genética do Akt1 para a concentração usada nos tratamentos subsequentes (5 &#956;g/mL). Após estimulação de estresse oxidativo a expressão de Erk 1/2 sofreu um decréscimo acentuado nos hepatócitos, sendo a sua expressão praticamente reposta nos níveis normais com o tratamento simultâneo com PCO-C. Este efeito parece dever-se ao potencial antioxidante do PCO-C, que aumenta a expressão de GPX3 e tende a aumentar ainda a expressão de catalase. Não se observaram alterações da expressão de Nrf2 e SOD. Os resultados obtidos demonstram a segurança do PCO-C e seu potencial antioxidante, sendo necessários mais estudos para elucidar os mecanismos envolvidos. Seria ainda importante estudar o potencial do PCO-C no processo inflamatório. <br/></div><div><br/></div><div>Palavras-chave: Copernicia prunifera, Ácidos Cinâmicos, Toxicidade, Estresse Oxidativo, Hepatócitos<br/></div>